sábado, 30 de janeiro de 2010

JUDÔinforme abre cruzada contra o doping no Judô Brasileiro.

30/01/2010
Rio de Janeiro - RJ

É com muita tristeza que vemos no nosso dia a dia, jovens utilizando de forma nociva o uso de doping e participando de competições Estaduais, tirando de forma traiçoeira a possibilidade de atletas conseguirem resultados que os levem a uma disputa de um Brasileiro e a competições internacionais, é extremamente incompreensivo a passividade dos treinadores que pela busca de resultados, que ao nosso ver, passam a ser coniventes pela alienação na observação da mudança física, psicológica e intelectual do atleta.

Sabemos do alto preço cobrado pela pesquisa no resultado de uso de doping dos atletas, porém estamos falando de um esporte olímpico, sem esquecer que esses mesmos atletas, possivelmente estarão representando nosso país.

Casos de doping em atletas causam um grande desgaste na mídia internacional e nos do JUDÔinforme apelamos para os mandatários do Judô Nacional que pelo menos tenhamos exames antidoping aleatórios na realização dos Brasileiros, Pré e Juvenil, Junior e Sênior, evitando desta forma a possibilidade dos nossos atletas serem pegos em casos de doping e o mais importante e que estaríamos desmotivando o uso de substancias proibidas pelos nossos adolescentes, abaixo estamos divulgando um importante texto de Larissa Penafiel:

Temporada de 2009 mal acabou e os treinos já começaram. Na verdade acho que nunca terminaram, porque atleta de Alto rendimento tem no máximo 1 semana de folga (risos).

É sabido que para ser um bom atleta, é exigida muita dedicação, disciplina e responsabilidade. Levar o esporte a sério traz resultados positivos para quem almeja a vitória. Em contrapartida, atletas buscam “remedinhos milagrosos” para se manterem de pé, com o físico sempre preparado para um grande desafio, mas esquecem dos efeitos colaterais que esses remédios podem trazer.

O doping é a administração ilícita de uma droga estimulante ou estupefaciente com vistas a suprimir temporariamente a fadiga, aumentar ou diminuir a velocidade, melhorar ou piorar a atuação de um animal ou esportista.

A comissão médica do comitê olímpico internacional instituiu durante os jogos olímpicos do México (1968) a aplicação de testes anti-dopagem sistemáticos, decidindo que seriam excluídos dos jogos os atletas comprovadamente dopados.

O fato é que, cada vez mais, os atletas de diversas modalidades têm se valido de meios ilícitos para auferir vantagens nas diversas competições, e assim atendendo interesses de forma escusa.

Essas substâncias são consideradas dopantes, de forma qualitativa e não quantitativa, ou seja, não se considera a quantidade, mas sim o que aparece, mesmo porque os métodos laboratoriais de detecção não chegam a um resultado 100% conclusivo para se determinar a razão do uso do medicamento-tratamento ou dopagem.
Dentre os variados sintomas estão: a elevação da pressão arterial, a freqüência cardíaca e o medo do atleta diminuem, e há a aceleração do metabolismo das células. Efeitos colaterais não faltam: tonturas, dores de cabeça, insônia, mal estar, cansaço fácil e, principalmente a dependência da droga, que quase sempre evolui para drogas mais potentes e mais perigosas. Muitas vezes, os efeitos são mais psicológicos do que fisiológicos.

Entretanto, os atletas no desespero de melhora rápida da massa e da força, e na incessante luta por melhorar seus recordes, acabam por usar doses elevadas, algumas vezes com exagero sem sentido. Em certos casos, as doses são tão altas que os músculos acabam ficando refratários a qualquer hipertrofia.
As modalidades que mais tem utilizado desse método são o halterofilismo, lutas, remo, atletismo e ciclismo.

Analisando criteriosamente os mais recentes casos de doping envolvendo atletas brasileiros de alto rendimento, a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME) vem a público externar a sua preocupação e reiterar algumas recomendações:

1) O atleta de alto rendimento, que está sujeito a controle anti-doping durante competições ou a controle anti-doping fora de competição, deve manter sempre o máximo cuidado em relação às substâncias que ingere, pois será responsabilizado pelas que porventura venham a ser detectadas;

2) Diversos medicamentos habitualmente utilizados para o tratamento das mais diferentes condições clínicas fazem parte da Lista de Substâncias Proibidas da Agência Mundial Anti-Doping;

3) O médico especialista em Medicina do Exercício e do Esporte é o profissional mais indicado para orientar o atleta de alto rendimento, para evitar a ingestão involuntária de alguma substância proibida;

4) O atleta de alto rendimento, desde que bem orientado e assessorado pelo seu treinador, pelo seu nutricionista, pelo seu fisioterapeuta e pelo especialista em Medicina do Exercício e do Esporte, entre outros profissionais que compõem a equipe multidisciplinar, não necessita de substâncias ilícitas ou outros subterfúgios obscuros para atingir o seu limite geneticamente estabelecido, em termos de desempenho;

5) A promoção e a preservação da saúde na prática do exercício ou do esporte; e o conceito de “jogo limpo” são princípios incondicionalmente defendidos pela SBME.
Com todas essas informações, já podemos chegar à conclusão que remédio algum faz você chegar ao topo da competição, pelo contrário, o rumo ao título estará cada vez mais distante e a sua derrota estará cada vez mais perto.
Por Prof. Rocha / Jornalista

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