sábado, 27 de fevereiro de 2010

Inscrições abertas para a maior clínica exclusiva de arbitragem.

27/02/2010
São Paulo - SP

A Confederação Brasileira de Judô realizará no dia 6 de março, em São Paulo, a maior clínica exclusiva de arbitragem no país. O principal palestrante será o diretor de arbitragem da Federação Internacional de Judô, Juan Carlos Barcos. Nesta temporada, a FIJ iniciou a aplicação de novas regras à modalidade e todos os países foram informados das mudanças. O objetivo é resgatar a essência do judô.Para participar é preciso se inscrever pelo e-mail eventos@cbj.com.br e pagar taxa de inscrição de R$ 120. Podem se inscrever árbitros regularizados em suas federações estaduais.

“Desde o seminário geral de FIJ, que ocorreu no Rio de Janeiro em 2005, que não tínhamos algo de tanto peso para a arbitragem. Um diretor de uma entidade internacional falando diretamente para tantos árbitros será algo inédito. Queremos com isso manter a excelência da arbitragem brasileira, considerada uma das melhores do mundo”, diz o presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley.

O diretor de arbitragem da CBJ, José Pereira Silva, acredita que a vinda de Juan Carlos Barcos fará com que a informação chegue diretamente ao público-alvo, que são os árbitros que atuam nas principais competições no Brasil.

“Agora nos teremos uma definição de como será realmente o comportamento dos árbitros às novas regras. Ele vai trazer tudo como deve ser, de forma clara e direta. Em uma reunião onde todos os árbitros do país vão receber estas informações de forma mais completa possível, acabaremos com todas as dúvidas”, afirma.
CBJ - Divulgação JUDÔinforme

Judoca é aprovado em projeto esportivo de São Paulo.

27/02/2010
São Sebastião - SP

Murilo Nascimento Souza, atleta de Judô de São Sebastião, foi aprovado para integrar o “Projeto Futuro”, do Governo do Estado – que tem como objetivo proporcionar aos novos talentos, apoio financeiro e técnico para obterem destaque no cenário esportivo.

A aprovação para integrar o projeto, não foi fácil. O jovem judoca de São Sebastião de 16 anos, viajou no início do mês para a Capital paulista, para participar da seletiva do “Projeto Futuro”.

Foram uma semana de treinos puxados e diversas lutas contra outros jovens destaques do Judô. No resultado final, brilhou a estrela do sebastianense, que foi escolhido para integrar o projeto.

Murilo agora arruma as malas novamente para viajar do novo para São Paulo. O “escolhido”, agora vai treinar e estudar na Capital.

Atualmente defendendo a categoria Juvenil Meio Médio, Murilo foi aluno de judô do Projeto Garoçá, da Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Humano (Setradh), onde entrou por volta de seus 11 anos, nos primeiros treinos do garoto sua força física e sua agilidade se destacaram.

Agora com o apoio do “Projeto Futuro”, Murilo busca sua evolução e aperfeiçoamento do seu esporte.
AgoraVale - Divulgação JUDÔinforme

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Presidente da Liga de Judô Paulista compara CPJ e CBJ as Ligas Estaduais.

25/02/2010
Santa Isabel - SP


O Sr. Manoel Esperidião de Oliveira Lima - faixa vermelha e branca sexto Dan, atual Presidente da Liga de Judô Paulista, em e-mail enviado a nossa Redação expressou comentários com relação à disputa política a que vivenciamos com relação à criação da Confederação Pan-americana de Judô – CPJ, na tentativa de domínio do Judô na Pan-america, em detrimento dos mais de 40 anos de autoridade da União Pan-americana de Judô, pelo Presidente da CBJ, Sr. Paulo Wanderley, tendo como apoio a Federação Internacional de Judô – FIJ:

Em minha opinião a CBJ juntamente com a CPJ estão agindo da mesma maneira que agiram as ligas estaduais, que por não concordarem com a administração feita em seus Estados pelas Federações e nacionalmente pela Confederação formaram com base nas leis vigentes, Ligas independentes, que na maioria das vezes se revoltaram com os altos preços cobrados pelos mandatários do judô, que acabaram por praticamente excluir as classes sociais menos favorecidas.

Motivando professores que trabalham visando levar o judô a todas as classes sociais a se unirem e realizarem um trabalho social através das Ligas Estaduais.

O comportamento adotado pela CPJ e CBJ em minha opinião se assemelha em muito ao comportamento das Ligas Estaduais, tão combatidas e não reconhecidas pelas entidades em epígrafe, já que estão adotando um comportamento muito semelhante ao das Ligas Estaduais e liga Nacional, não poderiam ao menos dialogar com esta entidades e procurar uma maneira de juntos melhorarem o judô de nosso país, aumentando a gama de atletas para selecionarem os melhore assim representando de maneira mais democrática o judô nacional em competições internacionais e olímpicas.
Manoel Esperidião de Oliveira Lima
Presidente da Liga de Judô Paulista.

Por Prof. Rocha - Jornalista / Divulgação JUDÔinforme

Novos desafios para o Judoca Afonso Baldigen/Sogipa.

25/02/2010
Porto Alegre - RS

Foi difícil encontrar Afonso Baldigen durante o mês de janeiro. No final de dezembro, ele viajou para os Estados Unidos, e não quis saber de voltar. Lá, ele representou a Sogipa na segunda fase do Desafio Internacional, uma espécie de treino promovido pela Federação Norte-Americana de Judô. Foram duas lutas; na primeira empatou, e a segunda ele perdeu. O resultado final foi a vitória dos americanos, mas a equipe brasileira aproveitou, como conta Afonso:

- Valeu como treino, e para ver onde temos que melhorar.

Após o término da competição, o judoca curtiu férias em Fort Lauderdale, na Flórida, na casa da namorada Gabrielle. Muitos passeios, paisagens bonitas e diversão. Porém a volta não foi só alegria. Ele conta que ele e Gabrielle acabaram o relacionamento:

- A distância é muito grande, não teria como continuarmos, mas gosto muito dela - relata.

Fevereiro pra Afonso é sinônimo de trabalho pesado

Afonso mal chegou a Porto Alegre e já começou a correria, afinal, ele tem muitos objetivos para o ano de 2010. O primeiro desafio foi o vestibular. Afonso optou pelo curso de Educação Física, por se aproximar do que realmente gosta de fazer, a prática esportiva. Realizou a prova na Faculdade da Sogipa, na semana passada, e já obteve o resultado: aprovação. As aulas terão início em março.
Ele retornou também à pesada rotina de treinos. Dois turnos de trabalho por dia e olhos atentos ao próximo desafio: sábado e domingo ele competirá na Seletiva Nacional Juvenil e Júnior para o Campeonato Pan Americano de Judô, que acontece no Guarujá, em São Paulo.
Em 2008, Afonso ganhou, após concorrer com atletas de todo o país:

- São muitas lutas, em torno de 15. A primeira etapa é em chaves, depois todos os classificados se enfrentam, até que saia o vencedor - conta.

A maior expectativa do atleta é vencer este campeonato e também o brasileiro, assim, ele terá a oportunidade de disputar o Mundial Júnior.
Postado por Aline Trindade - Divulgação JUDÔinforme

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Brasil viaja ao Panamá para torneio que virou centro de briga política.

23/02/2010
Rio de Janeiro - RJ

A seleção brasileira de judô viaja nesta quarta-feira para o Grand Prix Pan-Americano, no Panamá. A primeira edição da competição, porém, é cercada de problemas políticos. O torneio é o primeiro do ano com a chancela da Confederação Pan-Americana de Judô (CPJ), órgão recém-criada em oposição à União Pan-Americana de Judô (UPJ).

As duas entidades brigam para conseguir o apoio da Federação Internacional de Judô (FIJ). A UPJ comanda o judô nas Américas há mais de 40 anos, mas nos últimos a relação com a FIJ não é das melhores. Por isso, há três anos federações nacionais dissidentes deram início ao processo para criar uma nova entidade. No ano passado, criaram a CPJ, que é presidida por Paulo Wanderley, presidente da Confederação Brasileira (CBJ). A CPJ, desde sua criação, conta com o apoio do presidente da FIJ, o romeno Marius Vizer.

Na primeira oportunidade que teve, a FIJ excluiu a UPJ. A União, então, reclamou ao TAS (Tribunal de Arbitragem), órgão supremo do mundo esportivo. Em dezembro, o tribunal suíço considerou ilegal a ação da FIJ, cancelou a exclusão e o judô nas Américas passou a ter duas entidades.

Na segunda-feira, o Instituto Panameño de Deportes, órgão governamental que coordena as atividades esportivas do país, enviou um documento oficial ao Comitê Olímpico do Panamá sobre o GP. Na carta, a diretora Farank Levy afirmou que o GP era organizado por uma entidade ilegal e não deveria ser reconhecido (leia o documento oficial).

O texto panamenho, porém, afirma que o TAS considerou que a CPJ não era uma entidade válida e que a UPJ era o único órgão hábil a comandar o esporte na região. Na verdade, o tribunal suíço criticou o modo como Vizer, da FIJ, e Wanderley, da CPJ, agiram no episódio, mas determinou apenas que “a exclusão da UPJ pela FIJ não era válida” e só sugeriu que as duas entidades entrassem em acordo, legal ou jurídico, sobre quem irá cuidar dos assuntos do judô pan-americano (leia a reportagem sobre o documento oficial do TAS).

Outro ponto polêmico do torneio é a organização. Segundo a carta do Instituto, o responsável pela competição é Jorge F. Armada Sánchez, com a chancela da Confederação Panamenha de Judô. Essa entidade, porém, não é reconhecida pelos órgãos esportivos panamenhos – o órgão responsável pelo judô no local é a Federação Panamenha de Judô.

A presença do Brasil na competição, aliás, também é uma estratégia política. O presidente da CBJ é também o mandatário da CPJ e a estratégia de reconhecimento do órgão é justamente a organização de campeonatos fortes, com a presença dos principais atletas do continente. O plano é mostrar que a elite do judô nas Américas é filiada à CPJ, não à UPJ.

Apesar disso, a CBJ não vai enviar sua principal equipe – atletas como os medalhistas olímpicos Tiago Camilo e Leandro Guilheiro ou o campeão mundial Luciano Correa estavam disputando o circuito europeu. Mesmo assim, o time tem nomes como Leandro Cunha, principal atleta dos meio-leves (66kg), Rafael Silva, campeã mundial junior dos leves (57kg) e Hugo Pessanha, nono colocado do ranking mundial dos médios (90kg).

Vão representar o país Taciana Lima (48kg), Raquel Silva (52kg), Rafaela Silva (57kg), Danielli Yuri (63kg), Helena Romanelli (70kg), Stefani Luppetti (78kg), Aline Puglia (+78kg), Felipe Kitadai (60kg), Leandro Cunha (66kg), Bruno Mendonça (73kg), Guilherme Luna (81kg), Hugo Pessanha (90kg), Alex Reiller (100kg) e Rafael Silva (+100kg).

Além disso, o torneio também vale para o ranking pan-americano, que vai decidir os classificados para o Pan de Guadalajara, no ano que vem. “Esta competição é importante para o país, pois vale vaga para um evento de peso como os Jogos Pan-Americanos. A equipe é composta de atletas experientes e jovens que estão lutando pelo seu lugar ao sol. Acredito que todos estão indo com muita vontade de representar o Brasil e também de demonstrar que pode fazê-lo muito bem”, diz o chefe da delegação brasileira no Grand Prix Pan-Americano, Amadeu Moura Júnior.
Do UOL Esporte - Divulgação JUDÔinforme

Judoca pernambucana se prepara para tentar vaga em 2012.

23/02/2010
Recife - Pernambuco

Larissa Trindade é uma atleta que trocou o glamour da moda para desfilar nos tatames; agora ela se prepara para o Brasileiro.


O judô já rendeu 15 medalhas olímpicas ao Brasil. Um esporte que reúne força e técnica e que não precisa de cara feia para derrubar os adversários. Um exemplo é Larissa Trindade (foto 2), uma pernambucana que trocou o glamour da moda para desfilar nos tatames.

A carreira de modelo era promissora, mas em vez de fazer poses nas revistas de moda, Larissa preferiu ser manchete nas páginas esportivas. A bela se sente à vontade mesmo é no tatame, para frustração da mãe. “Ela queria que eu fosse bailarina. Eu até entrei no balé, só que resolvi ficar no judô”, contou Larissa.

Isso foi quando ela tinha 10 anos, e assim que vestiu o quimono se deu bem. No primeiro ano de competição a judoca da AABB foi campeã pernambucana, brasileira e sulamericana. Em 2005 foi vice -campeã mundial na categoria júnior. Ela chamou atenção de outros clubes do Brasil.

Há três anos Larissa trocou o Recife por Belo Horizonte, e foi treinar no Minas Tênis Clube. Lá ela contava com uma super estrutura. Recebia salário e o clube bancava a faculdade, alimentação e casa. Mas nada disso compensava a distância da família. Por isso, Larissa resolveu voltar pra casa. “Eu rendia muito tecnicamente, mas psicologicamente, você ficar longe da família, é muito difícil”, disse.

Por isso, voltou a treinar na AABB, com a mesma técnica do começo de carreira. Jemima Alves (foto 3) era mais que treinadora. “Às vezes ela não tinha como vir para AABB, aí eu ia até sua casa buscar. Depois ia deixar depois do treino”, contou Jemima.

Jemima participou das Olimpíadas de Barcelona, em 1992, quando tinha 27 anos. Larissa está com 22. O desafio é garantir vaga na Olimpíada de Londres em 2012. Mas não é só treinar para conseguir a vaga. É preciso apoio também.

"Ainda estou procurando patrocínio para a viagem, para não ter aquela preocupação de quando ser de Pernambuco, classifica mas não sabe se vai porque não sabe se alguém vai bancar sua passagem”, explicou Larissa.

O que não falta é incentivo da família. E a mãe que era contra ver a filha de quimono também apóia, mas do jeito dela.

“Quando perco uma competição, eu fico super triste. Ela diz ‘filha que besteira, o importante é que você é mais bonita’. Mas mãe isso não tem nada a ver, não é concurso de beleza é de judô”, brincou a judoca.

Ela está se preparando para disputar a seletiva regional do Campeonato Brasileiro, marcada para o dia 6 de março, no Recife.
Da Redação do pe360graus.com - Divulgação JUDÔinforme

Doping é uma covardia, só que na hora ninguém vê (Vídeo).

Importante vídeo que mostra a covardia pelo uso de doping.

Produzido pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A judoca cearence Érika Hellen é fã de poesia e fera no Judô.

21/02/2010
Fortaleza - Ceará

A atleta acaba de obter uma vaga na Seleção Brasileira Sub-17que vai representar o País no próximo Sul-Americano que será organizado pela CPJ

Uma coleção de medalhas enfeita o currículo da judoca Érika Hellen, conquistadas ao longo de cinco anos de promissora carreira. A atleta defenderá o País no Sul-Americano na Argentina


Ela é uma assídua frequentadora da biblioteca da Revarte - Resgate dos Valores pela Arte, com predileção por obras poéticas. Está aprendendo a tocar flauta e gosta das músicas da cantora de Barbados Rihanna.

Por mais paradoxal que possa parecer, essas preferências marcam a personalidade de uma atleta que é fera do judô e no batismo recebeu o nome de Érika Hellen Moraes Ferreira.

E o mais recente feito da judoca cearense foi registrado no primeiro fim de semana deste mês (6 e 7/02), na cidade de Natal (RN), sede da seletiva que definiu os atletas da Seleção Brasileira Sub-17 para o Sul-Americano Juvenil, em Buenos Aires, na Argentina, no mês de junho.

Caminhada

Para assegurar presença na equipe verde-amarela, Érika Hellen, enfrentou uma árdua caminhada. "Eu superei pelo menos 10 adversárias para conquistar a vaga na Seleção Brasileira", afirmou a judoca que tem 14 anos e é dona da faixa roxa. "Foi difícil mas consegui o meu objetivo", ressaltou a atleta da Revarte, que na luta decisiva encarou a piauiense Joseanne Fernandes. "Eu já conhecia a Joseanne, falava com ela, mas tive que ganhar dela para garantir vaga na seleção", disse, sorridente, Érika, campeã da Seletiva Sub-17 feminina na categoria leve (52kg).

Revanche

Érika reconheceu que a rival do Piauí valorizou seu triunfo. "Eu precisei de toda concentração e esforço para levar a melhor sobre Joseanne na seletiva, porque já havia perdido para ela em outra competição. Durante os cinco minutos da luta em Natal encaixei dois yukos e não dei chance para minha rival pontuar. Encerrado o tempo, os juízes avalizaram a minha vitória".

Com um espontâneo sorriso emoldurando seu rosto, Érika Hellen, revelou o que espera do judô num muito próximo futuro, principalmente agora que chegou à Seleção Brasileira Sub 17 e vai para o Sul-Americano. "Meu objetivo é disputar uma Olimpíada, ser o orgulho da minha família e representar o Brasil lá fora muitas vezes". E depois de conseguir êxito na seletiva realizada no ginásio do Campus Universitário, na capital potiguar, certamente que a judoca Érika Hellen dedicar-se-á mais ainda aos treinamentos para tornar realidade o sonho olímpico.

Importância

"Com o judô aprendi muitas coisas que poderão me ser úteis ao longo da vida, fiz muitas amizades na ONG Revarte e fora dela. E melhorei minha condição física. Quando comecei a praticar o esporte, tinha apenas 34kg. Hoje, já estou pesando 54 quilos", confidenciou a judoca. Aliás, o ganho de peso e massa muscular foi de muita valia para a atleta. De acordo com o técnico Michael Barbosa, "Érika se destaca nas competições exatamente pela força física, que lhe permite uma pegada forte contra as adversárias. Mas ela também domina várias técnicas para derrubar ou imobilizar suas rivais".

Início

Por intermédio das amigas, Érika Hellen deu os primeiros passos no judô. "Foi através das minhas amigas que comecei a praticar o esporte. Eu as via passando para os treinos e elas falavam muito das aulas. Por isso, também me inscrevi na Revarte e está aí o judô na minha vida", ratificou a bicampeã dos Jogos Escolares (2008/09).

Perfil

Nome
Érika Hellen de M. Ferreira

Naturalidade
Fortaleza

Nascimento
29 de outubro de 1995

Pais
Elson Ribeiro e Elisângela Pereira

Altura
1,57m

Peso
54kg

Hobby
Jogar futebol

Conquistas
Vaga na Seleção Brasileira Sub-17 (2010); bicampeã regional (MA e PI) e bicampeã das Olimpíadas Escolares (08/09)

Por Moacir Féliz - Reporter / Divulgação JUDÔinforme

Judô Clube Nippon do RJ lança seu novo site.

21/02/2010
Rio de Janeiro - RJ

Segundo nosso amigo Sensei Fernando Amando e sua companheira Sensei Ingrid, perguntamos o que os motivaram para a criação do site, e a resposta foi a seguinte:

Nós estávamos com a idéia de fazer um livro, mas hoje em dia o meio de comunicação mais rápido é via internet.

O outro motivo e que nossos alunos sempre pediam para ver as lutas e perdíamos muito tempo fazendo cds, e dividir informações com todos aqueles que tem interesse de pesquisa, e para um livro com certeza poucos leriam.
E também manter viva a historia do Judô, para as novas gerações principalmente, como começou, onde surgiu etc.
Inclusive a próxima pesquisa será sobre o NAGASHIMA

Levamos na pesquisa para a construção do site dois meses recolhendo material, e ainda temos muitos materiais arquivados no nosso pc, e juntamente com as pesquisas foi como construir um site o tempo foi equivalente Site - pesquisa p/ele.

Abordaremos sempre o Judô independente das entidades, Judô no RJ, o resgate da filosofia de Jigoro Kano e de outros Mestres, divulgação da Historia daqueles que fizeram e fazem parte da trajetória do Judô Nacional e Internacional, e a essência do judô para a longevidade do corpo e espírito do ser humano, principalmente com pesquisas cientificas sobre a matéria.
Confiram o novo site: http://www.judonippon.dominiotemporario.com/index.html
Divulgação JUDÔinforme

Troféu Ligado: Quatro novas modalidades tem atletas escolhidos.

21/02/2010
Baurú - SP

As modalidades judô, kung fu, basquete feminino, tênis de campo e natação são as mais recentes a terem seus ganhadores escolhidos para receber o Troféu Ligado. A premiação está marcada para o dia 25 de março, no salão de festas da Luso e tem coordenação do radialista Ubiratan Silva e apoio do Jornal da Cidade, Rádio Auriverde e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semel).

Judô – categorias - pré-juvenil/ligeiro – Leonan Matheus Benedito Lopes; pré-juvenil/meio-leve – Gustavo Barroso Perota; pré-juvenil/meio-pesado – Matheus Mariano Souto; juvenil/superligeiro – Gabriel Rocha de Lima; master M2/meio-médio – Silvia Aparecida Garcia; treinador – Dener Aparecido Andrade (Associação Bushidô de Judô). pré-juvenil/meio-pesado – Marilia Gabriela Teixeira de Souza; pré-juvenil/superligeiro – Danilo Soares de Souza; master M5/meio-médio – Artêmio Caetano Filho (Academia Bauru Judô Clube).

Kung fu – categorias - shuai jiao – Dener Aparecido Andrade; sanshou – João Antônio de Oliveira ; técnico – Richard Leutz (Associação Garra de Tigre); sanshou – Ana Cláudia Rodrigues Fatia. infantil/formas – Sean Sumida; juvenil /formas – Henry Kenichi Sato; adulto/formas/mãos do sul – Marcela Polastri Thereza; adulto/formas/bastão do norte – Bruna Cristina Martins de Oliveira; técnico – Marcelo Massayuki Hokama Yamada (Associação Yamada ).

Basquete feminino – categoria sub-21 – atleta – Luana Gabrieli de Oliveira Silveira; técnico – Dante Rossini Junior; dirigente – José Benedito Soares Justo “Dito Cambé”, equipe Bauru Semel. Tênis – categoria 18 Anos - Isadora Cunha Busch; categoria 18 Anos – Pedro Vieira Scocuglia; categoria 1ª classe – André Graziato Cury; Veterano 55/59 anos - Roger de Santis Guedes; técnico – Celso Eugênio Sacomandi, todos do Bauru Tênis Clube.

Natação – categorias – senior – Vinicius Noetzold , Andrew Ventura e Caroline de Oliveira Leme; portadores de deficiência física - Lucas Guichiard Simões e Thiago Pestana da Silva; master 40+ - Paulo Eduardo Corrêa Junior; master 55+ - Norival Agnelli; master 75+ - Flávio Marcondes Motta; técnico – Daniel Pestana da Silva; Dirigente – Wilson Koiti Honda (Aquática Bauru). pré-master – Leonardo Almas de Abreu (Diguê Academia); infantil 2 – Luiz Gustavo Forato Gomes de Barros; técnico – Thiago Sakamoto Contesini (Grupo Prata e Grupo Cidade).
Divulgação JUDÔinforme

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Veja a relação de remédios permitidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

19/02/2010
Rio de Janeiro - RJ


Relação de fármacos permitidos

ANALGÉSICOS
AAS, AAS Infantil, Acetofen, Acetaminofen 500, Algi Tanderil, Aminofen, Analgex, Analgex C, Antitermin,
Aspirina, Aspirina forte, Aspirina infantil, Baralgin, Buscopan, Cefalium, Cefunk, Cibalena A,
Dipirona, Doran,Dorflex, Doribel, Dôrico, Endosalil, Fontol, Fontol 650, Melhoral, Melhoral infantil,
Novalgina, Paracetamol, Ponstan, Ronal,Sensitram, Sylador, Tramal e Tylenol.

ANTIÁCIDOS
Aclorisan, Alca-luftal, Alrac, Andursil, Asilone, Bisuisan, Digastril, Estomagel, Gastrogel, Gastrol, Gastromag
Gel, Gaviz, Gelusil M, Hidroxigel, Kolantyl, Leite de Magnésia, Maalox Plus, Magnésia Bisurada,
Mylanta Plus, Pepsamar, Pepsogel, Siligel, Siludrox, Simeco Plus, Sonrisal, Tonopan e Tums.

ANTIALÉRGICOS
Agasten, Allegra 120, Allegra 180, Calamina, Cilergil, Claritin, Desalex, Fenergan, Hismanal, Intal,
Loratadina, Periatin, Polaramine, Prometazina e Zofran.

ANTIASMÁTICOS
Aero-clenil, Aerojet, Aerolin, Serevent, Suxar e Teoden.

ANTIBIÓTICOS
Amicacina, Amoxicilina, Amplitor, Assepium balsâmico, Bacfar, Bacigen, Bacterion, Carbenicilina,
Ceclor, Cefalex, Cefalexina, Cefalotina, Cefamezin, Cefaporex, Cibramox, Claritromicina, Clindamicina,
Cloranfenicol, Dalacin-C, Diastin, Dicloxalina, Dientrin, Despacilina, Duoctrin, Eritrex, Eritrofar,
Espectrin, Garamicina, Gentamicina, Glitisol, Hiconcil, Ilosone, Imuneprim, Infectrin, Kefazol, Keflex,
Levofloxacino, Lincomicina, Longacilin, Mefoxin, Megapen, Moxifloxacino, Netromicina, Norfloxacina,
Novamin, Novocilin, Oracilin, Oxacilina, Penicilina G Potássica, Pantomicina, Pen-veoral, Penvicilin,
Septiolan, Sintomicetina, Staficilin-N, Terramicina, Tetraciclina, Tetrex, Tobramina, Totapen, Trimexazol,
Vancomicina e Vibramicina.
NOTA:
Estes medicamentos estão permitidos apenas por inalação e devem ser previamente notificados à autoridade
médica competente.

ANTICONVULSIVANTES
Depakote, Depakene, Diempax, Epelin, Fenobarbital, Gardenal, Hidantal, Primidona, Rivotril, Tegretol,
Valium e Valpakine.

ANTIDEPRESSIVOS
Buspar, Pamelor, Prozac, Valix, Wellbutrin SR e Zoloft.

ANTIDIARRÊICOS
Diarresec, Enterobion, Floratil, Florax, Furazolin, Imosec, Kaomagma, Kaopectate e Parenterin.

ANTIEMÉTICOS
6-Copena, Dramin, Emetic, Estac, Eucil, Kytril, Metoclopramida, Motilium, Normopride Enzimático,
Plamet, Plasil, Vogalene, Vomix, Vontrol e Zofran.

ANTIFÚNGICOS
Ancotil, Canesten, Cetoconazol, Daktarin, Flagyl, Flagyl Nistatina, Fluconazol, Fulcin, Fungizon, Lamisil,
Micostatin, Nistatina, Sporanox e Sporostatin.

ANTIGRIPAIS
Analgex C, Aspi C, Benegrip, Bialerge, Cebion, Coldrin, Cortegripan, Doril, Grip Caps C, Melhoral C,
Optalidon, Resprin, Redoxon, Tandrilax, Termogripe C e Trimedal 500.

ANTI-INFLAMATÓRIOS
Actiprofen, Advil, Aflogen, Algi-danilon, Algi-flamanil, Algi-peralgin, Alginflan, Algizolin, Analtrix,
Anartrit, Artren, Artril, Artrinid, Artrosil, Benevran, Benotrin, Benzitrat, Biofenac, Brexin, Butazil,
Butazolidina, Butazona, Cataflam D, Cataflam, Cataren, Celebra, Cetoprofeno, Cicladol, Ciclinalgin,
Clofenak, Danilon, Deflogen, Deltaflan, Deltaflogin, Deltaren, Diclofenaco Potássico, Diclofenaco
Sódico, Diclotaren, Doretrim, Dorgen, Doriflan, Eridamin, Febupen, Feldene, Feldox, Fenaflan Sódico,
Fenaflan, Fenaren, Fenburil, Fenilbutazona Sódica, Fisioren, Flanax, Indocid, Inflamene, Motrin,
Naprosyn, Nisulid, Piroxifen, Piroxiflam, Proflam, Scaflam, Sintalgin, Tilatil e Voltaren.

ANTI-HEMORROIDÁRIOS
Claudemor, Glyvenol, Hemorroidex, Nestosyl, Preparado H, Venalot e Xiloproct.

ANTIULCEROSOS
Antak, Cimetidina, Climatidine, Esomeprazol, Gastrodine, Label, Logat, Neocidine, Nexium, Omeprazol,
Pantoprazol, Ranidin, Ranitidina, Tagamet, Ulcedine, Ulcenon, Ulcoren e Zadine.

COLÍRIOS
Anestésico Oculum, Colírio Moura Brasil, Fenilefrina Colirium e Visine.

CONTRACEPTIVOS
Diane 35, Minulet, Selene, Yasmin, Yaz, Evra (adesivo), Mirena (DIU) e NuvaRing (anel vaginal).

CREMES DERMATOLÓGICOS
Em princípio, podem ser usados todos os cremes existentes no mercado, exceto os que contêm anabolizantes,
desde que respeitadas suas indicações e preferencialmente sob orientação médica. Não
devem ser usados o Trofodermin e Novaderm por conterem Clostebol, que é anabólico.

DESCONGESTIONANTES NASAIS
Afrin, Coristina D, Coristina R, Naldecon, Neo- Sinefrina, Ornatrol, Spansule, Otrivina, Rinosbon,
Rinosoro, Sinutab, Sorine, Superhist e Triaminic.

ENXAQUECAS
Cafergot e Ormigren.

EXPECTORANTES E ANTITUSSÍGENOS
Alergogel, Alergotox Expectorante, Atossion, Benadryl, Besedan, Bisolvon, Bisolvon Ampicilina, Clistin
Expectorante, Descon Expectorante, Fluimucil 10% e 20%, Glicodin, Glycon lodepol, Iodetal, Iodeto
de Potássio Líquido, Pulmonix, Silencium, Silomat, Tossbel, Transpulmin, Xarope de Iodeto de Potássio
Composto e Xarope Valda.
NOTA:
Os seguintes medicamentos não devem ser utilizados pois contêm noretindrona, que se converte em 19-norandrosterona
no organismo e pode resultar em um teste positivo: Mesigyna, Micronor e Primolut-nor

HIPOGLICEMIANTES ORAIS
Avandia, Amaryl, Daonil, Diabexil, Diabinese, Diamicron, Glibenclamida, Glipizida, Glucoformin,
Minidiab e Prandin.

INSÔNIA
Barbitúricos: Gardenal e Fenobarbital.
Anti-histamínicos: Fenergan e Prometazina.
Benzodiazepínicos: Dalmadorm, Dormonid, Nitrazepan, Nitrazepol, Rohypnol e Sonebon.

LAXATIVOS
Agarol, Agiolax, Dulcolax, Fitolax, Fleet Enema, Frutalax, Guttalax, Humectol D, Lacto-Purga, Metamucil,
Minilax, Óleo mineral, Purgoleite, Supositório de Glicerina e Tamarine.

PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS
Afrin oftálmico, Anestalcon colírio, Cloranfenicol, Colírio cicloplégico, Flumex 0,10% e 0,25%, Fluoresceína,
Isopto Carpine, Lacrima, Maxidex, Maxitrol, Minidex, Opti-tears e Pilocarpina 1%, 2% e 4%.

PREPARAÇÕES VAGINAIS
Flagyl, Ginedak, Gyno-daktarin, Micogyn, Nistatina e Talsutin.

RELAXANTES MUSCULARES
Coltrax, Mioflex e Sirdalud.

SEDATIVOS
Ansitec, Calmociteno, Diazepam, Dienpax, Dormonid, Frisium, Kiatrium, Lexotan, Lorax, Psicosedin,
Somalium, Tensil, Tranxilene e Valium.

Notas Importantes:
· É desaconselhável qualquer tipo de auto-medicação por parte dos atletas.
· Pergunte ao médico de sua escolha pessoal se ele conhece a lista de substâncias e métodos proibidos pela
AMA. Em caso de desconhecimento, sugira a pesquisa no site próprio da Agência Mundial Antidoping
(www.wada-ama.org).

DIVERSOS
Premarin, Provera e Viagra.
Tenha sempre muita atenção ao fato de que muitos produtos possuem nomes semelhantes. Muitas vezes um é permitido e outro, proibido. A referência a produtos específicos nesta seção visa apenas a ilustrar alguns exemplos. As medicações aqui mencionadas não são necessariamente todas as que existem no mercado, nem são endossadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro. A responsabilidade final sobre sua utilização será sempre do atleta.

Uso de suplementos alimentares e produtos naturais
A maioria dos produtos denominados suplementos alimentares, que incluem, entre outros, os aminoácidos, a creatina, as vitaminas e os sais minerais, não sofre por parte dos órgãos governamentais controladores de muitos países uma avaliação de segurança e eficácia em sua produção. Um estudo realizado pelo Laboratório de Controle de Doping de Colônia (Alemanha), patrocinado pelo Comitê Olímpico Internacional, mostrou claramente que alguns destes produtos não apenas não contêm o que deveriam conter, de acordo com seus rótulos, mas eventualmente possuem em sua formulação até mesmo precursores de hormônios e testosterona, podendo ocasionar controles de doping positivos.
Por esta razão, atletas de alto rendimento devem apenas utilizar produtos tradicionais, preferencialmente testados previamente, para não correrem o risco de uma contaminação que, mesmo claramente não intencional, não evitará uma punição. Alguns produtos elaborados com base em ervas, tais como o Ma Huang, o ginseng, e a ioimbina, que muitas vezes são vendidos como ergogênicos, podem conter
substâncias proibidas ou estar eventualmente contaminados por elas. Nos países andinos, deve-se evitar o consumo de chá de coca, que pode ocasionar a presença de resíduos de cocaína na urina do atleta. Como não é possível assegurar a qualidade deste tipo de produto, e considerando que sua utilização como fator de aumento do desempenho físico não está demonstrada na literatura, o atleta deve ter grande prudência na sua utilização.

Judô Brasileiro fecha parceria com britânicos de olho em 2012.

19/02/2010
Rio de Janeiro - RJ

Leandro Guilheiro é um dos destaques do Brasil


Já pensando na Olimpíada de 2012, em Londres, a Seleção Brasileira de judô passou três dias treinando na capital inglesa, entre uma competição na Hungria e outra na Alemanha. A visita dos brasileiros, entre eles os medalhistas olímpicos Leandro Guilheiro e Tiago Camilo, deve ser a primeira de muitas à cidade britânica.

As confederações de judô dos dois países fecharam uma parceria que permitirá à equipe usar Londres como base em suas viagens à Europa e que já deu ao Brasil a chance de escolher o local onde vai se concentrar antes dos próximos Jogos Olímpicos. Para Ney Wilson da Silva, coordenador técnico da seleção, esta parceria deixa os judocas brasileiros em vantagem para 2012.

"Vai haver muita procura pelos melhores lugares para se aclimatar antes dos Jogos e nós já fomos uns dos primeiros a escolher com calma e garantirmos um deles, na cidade de Sheffield", disse Silva à BBC Brasil. "A outra vantagem da parceria é que o judô britânico é forte e eficiente, mas diferente do brasileiro, que usa mais o vigor físico. Isso possibilita aos nossos atletas ganhar experiência para enfrentar esse estilo europeu de lutar."

Do lado britânico, a diferença de estilos também é vista como uma oportunidade.

"Os brasileiros são conhecidos pela 'pegada' forte e a chance de treinar com eles vai me dar experiência e me ajudar nas competições internacionais", disse Kelly Edwards, judoca britânica da categoria ligeiro.

A equipe do Brasil aproveitou esta primeira visita a Londres para conhecer o local que vai abrigar o estádio olímpico, a vila olímpica e outros prédios dos Jogos de 2012. "Imagino que isso aqui vai estar como uma cidade, com tudo pronto, os atletas concentrados, os setores de cada esporte", afirmou a piauiense Sarah Menezes, de 19 anos, atual campeã mundial júnior e uma das promessas de medalha para o Brasil na próxima Olimpíada. "É claro que eu sonho em estar aqui em Londres em 2012, mas até lá ainda tem muito chão".

O judô é um dos esportes que mais trouxe medalhas olímpicas para o Brasil, não tendo falhado desde os Jogos de Los Angeles, em 1984. Na Olímpíada de Pequim, em 2008, a equipe conquistou três bronzes - um deles para Ketleyn Quadros, a primeira mulher brasileira a subir ao pódio olímpico pelo judô.
BBC Brasil / Divulgação JUDÔinforme

Professor campeão do mundo troca experiências em Porto Alegre.

19/02/2010
Porto Alegre - RS

A convite da Federação Gaúcha de Judô, o sensei Floriano de Almeida, treinador de Luciano Corrêa, Ketleyn Quadros e Erika Miranda no Minas Tênis Clube, desembarca em Porto Alegre neste final de semana para ministrar o Credenciamento Técnico 2010. O evento é destinado a todos os professores e auxiliares que irão acompanhar atletas durante as competições organizadas pela FGJ nesta temporada.

“Recebi o convite e aceitei na hora”, revela Almeida. Ele diz que sua proposta na Capital é dividir o conhecimento, proporcionando o intercâmbio entre os técnicos. “O intuito é levar minha forma de trabalhar para o Sul. Não que seja uma verdade absoluta, mas como uma forma de ajudar”, diz o professor. “Certamente irei aprender também”.

Seus atletas em Belo Horizonte são multicampeões. Luciano Corrêa, campeão do mundo em 2007, é um dos judocas mais regulares da Seleção Brasileira. Ketleyn Quadros voltou de Pequim no ano passado como a primeira mulher do País a conquistar uma medalha olímpica individual. Além deles, Érika Miranda e Nacif Elias também se destacam representando o País.

Para o treinador, fazer um campeão “é um trabalho de médio a longo prazo”. “Depende muito da determinação do atleta. O trabalho do técnico consiste em transformá-lo num judoca vencedor, além de estar sempre presente, mas sabendo diferenciar a relação no tatame e fora dele”, explica, adiantando um pouco de seu conteúdo no evento da FGJ.

O professor Floriano, com mais de 40 anos na modalidade, vê o judô no Brasil bastante regionalizado. Exemplifica que o de São Paulo é mais técnico, enquanto o gaúcho tem um estilo mais aguerrido. E é com bons olhos que constata isso.

“É muito positivo para o judô brasileiro não ser estereotipado, como há em muitos casos. Por isso, um intercâmbio regional, como o Credenciamento Técnico, ajuda para todos se adaptarem a estilos diferentes dentro de um mesmo país”, afirma.
FGJ / Divulgação JUDÔinforme

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Judoca cearence com 93 anos diz que começaria tudo de novo.

17/02/2010
Fortaleza - Ceará

Experiência: com 60 anos de vivência na prática do judô, o shihan Milton Moreira é admirado por professores e alunos da Academia Judô Clube Sol Nascente, associação criada há 43 anos

O criador da Academia Judô Clube Sol Nascente é o atleta mais idoso em atividade, com 93 anos festejados em jan/2010

Lúcido, bem disposto e com memória ainda afiada. Apenas os passos mais lentos traduzem o peso da idade no único judoca do Ceará que é detentor da faixa coral, que identifica o "shihan", ou seja, o mestre dos mestres.

"Se eu pudesse voltar atrás no tempo, faria tudo de novo. Não me arrependo de ter dedicado seis décadas da minha existência ao judô, primeiro como atleta e depois como treinador".

Essa firme declaração é do professor Milton Moreira no início do papo informal com o repórter na sala de recepção da Academia Judô Clube Sol Nascente (Rua Joaquim Torres, 872, bairro Joaquim Távora).

Ele deu início a nossa conversa salientando que ao contrário de muitos praticantes das artes marciais, começou a vivenciar o judô aos 33 anos, idade na qual muitos atletas já atingiram o ápice na carreira conseguindo a faixa preta e faturando títulos.

Jiu-jítsu

"Antes do início no judô eu praticava o jiu-jítsu na academia do professor Nilo Veloso, que funcionava na Avenida Duque de Caxias, exatamente na esquina com a Rua Senador Pompeu", lembrou o shihan. Com pouco tempo o aluno Milton chegou à faixa marrom e mostrou suficiente desenvoltura para ensinar, sendo promovido à função de instrutor, assumindo a academia na ausência do professor Veloso. Tudo isso ocorreu na década de 40. Já no início dos anos 50 o judô começou a ser praticado em nosso Estado e na academia do professor Veloso, que também lecionava Educação Física no Colégio Estadual Liceu do Ceará. Aluno aplicado, Milton Moreira foi então incentivado pelo mestre Nilo a trocar de modalidade. E no ano de 1966 o atleta Milton tornou-se o primeiro judoca no Estado promovido a faixa preta, com aprovação da então Federação Cearense de Pugilismo (FCP), entidade à qual o judô era afiliado, por não ter federação própria.

Detalhe: de 1937 a 1973, Milton Moreira trabalhou de alfaiate. ´Mas desisti da profissão para me dedicar ao judô´, disse o mestre

Nasce o Sol

Um ano após a conquista da faixa preta, em janeiro de 1967, o atleta Milton Moreira inaugurou a sua própria academia, a Judô Clube Sol Nascente, que primeiro funcionou em prédio alugado no centro - Rua São Paulo, entre Senador Pompeu e General Sampaio. "Mas desde 1976 essa academia mudou-se para a Rua Joaquim Torres, 872, onde as aulas são ministradas às segundas, quartas e sextas-feiras, com mensalidades de 45 reais", disse o shihan Milton.

Após a faixa preta 1º Dan, o mentor da Judô Clube Sol Nascente, deu sequência à carreira e vieram as faixas pretas 2º Dan, em 1974; quatro anos depois recebeu a faixa preta 3º Dan; em 1984 veio a preta 4º Dan; em 1989 subiu para 5º Dan; em 1995 alcançou a preta do 6º Dan e aí recebeu a coral, de shihan.

Ídolo

"As crianças, adolescentes e adultos que treinam na Judô Clube Sol Nascente não escondem a admiração pelo meu pai", comentou Francineide Moreira, um dos cinco filhos do mestre Milton. "Shihan, vem para o dojô dar aulas para nós", convidam as crianças que frequentam a academia", disse, orgulhosa, Francineide, a primeira atleta do sexo feminino a alcançar a faixa preta do judô, em 1969. Hoje, ela é faixa preta shodan (1º grau) e responde pela organização dos eventos da Academia Judô Clube Sol Nascente. Outros integrantes do clã Moreira que foram atraídos para o judô são o filho Nilton Simão Moreira, que dirige um núcleo da Sol Nascente no Crato; os netos José Marcelo Moreira Frazão, Frank Wilton Moreira, João Neto e Amilton Neto; além dos bisnetos Yago e Nathália.

Evolução

"O judô evoluiu bastante, e difere muito da época em que comecei, quando era um esporte essencialmente amador e pouco difundido no Ceará", afirmou o professor Milton Nunes Moreira, que em 2001 comandou a Federação Cearense de Judô (Fecju), entidade fundada no dia 19 de outubro de 1969.

"Mas diferente dos dias de hoje, onde o atleta enfrenta dificuldades para disputar competições principalmente fora do Estado, antigamente a Confederação Brasileira de Pugilismo (CBP) ajudava os judocas que disputavam os eventos da entidade. Por exemplo, os atletas podiam até gastar dinheiro do próprio bolso ou conseguir apoio para custear os gastos, mas tinham a garantia de que a CBP reembolsaria as despesas com passagem e hospedagem", ratificou o shihan, que comparece à Sol Nascente religiosamente às segundas, quartas e sextas para orientar os seus pupilos.

MUDANÇA RADICAL
Mestre foi alfaiate, antes de se tornar faixa preta - 1º Dan

Na década de 40 o jiu-jítsu começou a ser praticado no Ceará, mas o seu ensino era restrito. Quem desejasse aprender a lutar tinha de ser indicado por algum praticante para chegar até a academia. Geralmente os treinos eram realizados a portas fechadas, com raros visitantes.

E o senhor Milton Moreira foi então convidado pelo professor Nilo Veloso quando numa conversa demonstrou o seu interesse em praticar aquele esporte. Isso só aconteceu porque o mestre Nilo era cliente da alfaiataria de Milton, que funcionava na Rua Guilherme Rocha, 1325.

Providencial

E o ofício de alfaiate de Milton Moreira foi providencial para os lutadores de jiu-jítsu cearenses. E a explicação é bem simples. Uma das dificuldades dos seus praticantes era a roupa utilizada nos treinos, que era exportada, por isso seu preço era elevado. Mas o aluno Milton se ofereceu para reproduzir os "kimonos" em troca das mensalidades na academia do professor Nilo. "Nesse tempo os campeonatos, primeiro de jiu-jítsu, e depois os de judô, eram raros, pelas próprias dificuldades de organização", ressaltou o shihan Milton.

Inédito

Mesmo com todas as adversidades, em 1964 foi realizado o I Campeonato Misto de Judô e Jiu-Jitsu não-oficial em nosso Estado, com a participação de atletas de ambas as modalidades. E essa competição que teve a participação do judoca Milton Moreira foi realizada com êxito. "Infelizmente, não cheguei a ganhar títulos no judô", lamentou o fundador da Sol Nascente.

Destaques

Segundo o nonagenário mestre dos mestres do judô, que ainda teve tempo para alcançar o 8º Dan, "na minha época de atleta também se destacavam no judô os colegas Jurandir, José Maria, Herondino, professor Sá, Manoel Vitorino, Antônio Valdir de Almeida, Francisco dos Santos (Piçarra), João Inocêncio, João Bosco, José e Gilberto Morais", enumerou o lúcido professor. Aliás, o shihan, hoje, já não participa tão ativamente, claro, das aulas na academia. "Apenas supervisiono as atividades dos professores. Mas quando se faz necessário também vou ao dojô para corrigir esses professores", ressalvou o mestre Milton.

Homenagem

Para prestar uma justa homenagem ao seu fundador, a Academia Judô Clube Sol Nascente criou a Copa Milton Moreira de Judô. No ano passado, essa Copa, na sua décima quarta edição, foi realizada no ginásio do Sesc, local onde funciona uma das cinco unidades da Judô Clube Sol Nascente. Nessa competição atletas de várias academias lutaram pelo título nas categorias Festival, Infanto-Juvenil, Pré-Juvenil, Juvenil, Júnior, Sênior, Master, Dangai, Absoluto por Equipe e Rei do Tatame. A Copa Milton Moreira tem como tradição revelar novos valores no judô cearense. E quanto ao segredo da saudável longevidade, o shihan Milton até brincou: "Uma vez, numa entrevista no programa a Grande Jogada, do apresentador Sebastião Belmino, na TV Diário, falei que o segredo da minha longevidade era ´comer guaiamun com côco´. Mas falando sério, agora. Eu mamei até os três anos de idade, nunca fumei e nunca tomei Coca-Cola e bebo socialmente. Costumo dormir cedo e minha alimentação é bem regrada".

Perfil

Nome
Milton Nunes Moreira

Nascimento
24 de janeiro de 1917

Graduação
Faixa preta 8º Dan e recebeu a faixa coral de shihan (mestre)

Carreira
Sessenta anos como judoca, pois começou aos 33 anos

Outro esporte
Jiu-jítsu

Títulos
Como técnico, pela Academia Judô Clube Sol Nascente, foi hexacampeão sênior (71 a 77) e tricampeão juvenil (72 a 74)

Filosofia

"O judoca luta nos torneios para se aperfeiçoar na modalidade, mas não se aperfeiçoa para lutar"

Milton Moreira
Faixa preta 8º Dan no judô
Moacir Felix - Reporter - Divulgação JUDÔinforme

Um estudo no processo de especialização precoce no Judô.

17/02/2010
Rio de Janeiro - RJ

A cultura oriental e o processo de especialização precoce nas artes marciais
Alexandre Janotta Drigo* - Paulo Roberto de Oliveira** - Juliana Cesana*** - Caio Rotta Bradbury Novaes**** - Samuel de Souza Neto*****
*Doutorando em Educação Física - DCE FEF - UNICAMP/ GEFMTD/ NEPEF/ GEPAM
**Doutor em Desempenho Humano UNICAMC/FEF/DCE
***Mestranda em Ciências da Motricidade UNESP - Rio Claro/ NEPEF Bolsista do CNPq - Brasil - ****Mestrando em Ciência da Motricidade Unesp- Rio Claro/ Nepef Doutor. UNESP - Rio Claro/ NEPEF (Brasil)

Resumo
Objetivando buscar elementos da cultura oriental, japonesa e chinesa, e sua relação com o processo de especialização precoce nas modalidades de lutas e/ou artes marciais que são influenciados por essas culturas realizou-se este estudo. No que diz respeito ao judô constatou-se, nos dados deste trabalho, que o seu processo de aprendizagem, originário da "repressora cultura japonesa" (Mesquita, 1994) pode entrar em confronto com uma pedagogia voltada às necessidades da cidadania brasileira, provocando reflexões sobre o quanto o comportamento autoritário e exótico pode influenciar e/ou deformar o entendimento da criança e/ou dos praticantes em relação aos princípios básicos da sociedade ocidental de um ideal de liberdade e democracia.

Introdução

Este estudo teve como ponto de partida a experiência de um dos autores com o campo das artes marciais, o judô, considerando a sua vivência como atleta e trajetória pessoal como professor universitário da disciplina "Fundamentos e estudos avançados em judô" (Unesp-RC), e "Fundamentos de artes marciais (Ufscar), em que se procurou, através de relatos de experiência autobiográfico, tematizar e reconstituir, com dados da literatura, as "escolas de ofício" vinculadas a este campo e registrar algumas nuances do "estado da arte" das artes marciais no Brasil.

No geral o que e busca é averiguar e levantar alguns dados que sirvam de subsídios para discussões sobre as relações entre essas culturas, introduzidas no país no início do século XX e os processos envolvidos na especialização precoce de jovens praticantes, utilizando as modalidades judô e kung fú (wushu) como atividades representativas no campo das lutas. As discussões sobre a prática de especialização precoce, sempre relacionam posições sobre os aspectos psicofísicos da criança e, aborda-se neste ensaio, questões oriundas da construção do processo de formação da cidadania do jovem brasileiro envolvido nessas atividades.

No âmbito das premissas que foram colocadas o que se busca é cruzar os dados de natureza autobiográfica, decorrentes dos conhecimentos provenientes do universo dos praticantes frente aos conhecimentos próprios do seu campo, visando o mapeamento dessas "escolas de ofício" e o seu embate frente o processo de profissionalização da Educação Física, Regulamentação Profissional.


O judo no contexto das artes marciais e do esporte

As artes marciais são atividades corporais de ataque e defesa, podendo também ser caracterizadas como lutas. A principal diferença entre as duas é que para os praticantes de artes marciais, principalmente as de origem oriental, consideram que os conteúdos da cultura de origem da atividade teriam uma orientação proveniente de uma "filosofia"1 (de vida) que determinaria a sua diferença com as lutas, por exemplo: o boxe.

Neste contexto encontramos o judô, considerado uma arte marcial de exercício físico que ao longo da história se transformou em esporte. Foi idealizado no Japão e se ramificou para quase todos os países do mundo. Possui características próprias, sendo que a cultura japonesa muito influencia esta atividade.

No Brasil, o judô teve seu inicio com a imigração japonesa herdando, portanto a influência oriental, tanto na forma de prática como no seu ensino e outras formas de desenvolvimento, em nosso país. Já o wushu possui profundas ligações com toda a cultura chinesa, e se tornou até certo ponto uma atividade física e uma forma de lazer. Foi desenvolvido em épocas primitivas pêlos trabalhadores e camponeses, mas com a emergência de uma estrutura de classes na sociedade chinesa, o Wushu foi adaptado por estas classes dominantes.

Na tentativa de proteger sua posição privilegiada, o envolveram em um manto de misticismo e superstição feudal com o intuito de desencorajar ativamente a participação de outras classes (TUNG, 1981). Somente em 1949, com a instauração da República Popular, a elitização e o protecionismo do Wushu pela classe dominante se desfez, com a política de Mao de "promover a cultura física e os esportes e fomentar a saúde do povo", ocorrendo incentivos de todas as formas pelo governo para o desenvolvimento do Wushu em todos os seus aspectos e para toda a população - baseado na crença de que pessoas mais saudáveis poderiam contribuir muito mais para a construção de um novo estado socialista (KAY, 1993). Assim, todo empenho para o desenvolvimento físico, moral e intelectual passou a ter como base o Wushu, e com este novo objetivo atribuído, o Wushu "adquiriu um sentido de alegria que antes não possuía" (TUNG, 1981).

Também o conceito de Yamatodamashi faz-se necessário nessa reflexão. Ele seria a Doutrina do "espírito nipônico"; no qual as colônias japonesas do início do século XX, mais precisamente no processo de colonização [que se iniciou em 1906, com o aportar em Santos do navio Kassato Marú (Morais, 2000)] sendo através dessa doutrina que era ensinado o padrão de comportamento japonês, que tinha como ponto principal o respeito e lealdade ao Império e a fé quase religiosa pela figura do Imperador Hiroito.

Para Morais (2000), esse comportamento mostrava, principalmente durante o período da 2a. Guerra Mundial, um comprometimento da maioria dos japoneses residentes do Brasil com o Império e o imperador e pouca relação com a nação nativa, o Brasil. Essa educação japonesa possivelmente foi impregnada ou até mesmo "deformada" nas artes marciais, diferindo do processo pedagógico existente em outros esportes presentes no país.

Dessa forma esse estudo busca elementos da cultura oriental (japonesa e chinesa), considerando possibilidades de levantar questionamentos para possíveis reflexões sobre as artes marciais presentes no país:

*

Relacionando o processo de especialização precoce nas modalidades influenciadas por essas culturas;
*

Enfocando as questões sociais e a construção do processo de cidadania das crianças praticantes.


Metodologia

Para o entendimento e desenvolvimento do estudo, faz-se necessário compreender a estrutura presente nas artes marciais. Um conceito interessante que se sobrepõe para um entendimento coerente das relações e o entendimento das dimensões sociais existentes nas lutas é o modelo de estudos do "campo".

Bourdieu (1989) chega à noção de campo, como sendo o espaço onde as posições dos agentes se encontram a priori fixadas. O campo se define, assim, como o locus onde se trava uma luta entre os atores em torno de interesses específicos que caracterizam a área em questão. É um espaço onde se manifestam as relações de poder, sempre a partir do "capital social" dos agentes que estão em dois pólos: dominantes e dominados. Nessa perspectiva resolve-se o problema da adequação entre ação subjetiva e objetividade da sociedade, uma vez que todo ator age no interior de um campo socialmente predeterminado.

O campo, portanto, deve ser entendido enquanto espaço objetivo de um jogo, um lugar de luta onde se manifestam e se definem as relações de poder. No interior de cada campo estão reservados espaços para os dominantes (aqueles que possuem um máximo de capital social) e para os dominados (ausência do capital específico que define o campo). Assim, a estrutura de um campo tende a se definir pela conservação ou subversão da estrutura de distribuição do capital específico (conhecimento da história e de seus conteúdos). Adjacente ao campo, tem-se a idéia de habitus que se apresenta como disposição estável para se operar numa determinada direção; através da repetição, conseqüentemente, cria-se uma certa naturalidade entre sujeito e objeto dando o sentido de que o hábito se tornava uma segunda dimensão do homem, o que efetivamente assegurava a realização da ação. Pode-se considerar o habitus como aquilo que se adquiriu, mas que se encarnou de modo durável no corpo sob a forma de disposições permanentes.

Como técnica de coleta de dados foi utilizada a entrevista, na perspectiva da autobiografia que, concordando com Sousa (1998), busca reconstruir as histórias de formação pela via escrita través da historia oral com o objetivo de auto-revelação e considerando os fatores motivacionais que geraram as reflexões. Associando a leitura de coletas de discurso anteriores (Takano, 2001; Novaes, 2002); permitiram a identificação dos elementos pertinentes a uma coleta de dados relacionados à prática do judô e wushu, relação mestre-aprendiz e hierarquia das faixas no âmbito da performance. Nestes estudos foram coletados dados de aprendizes (n=12) e mestres (n=6), pela análise qualitativa (baseada na categorização dos resultados) identificando elementos ilustrativos que possibilitaram a identificação da proposta apresentada.


Resultados

Temos como respostas desses processos introduzidos no Brasil:

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uma pedagogia autoritária;
*

formação de castas para o campo das artes marciais2;
*

exigências voltadas às necessidades de um país imperialista e não democrático.

Essas constatações fazem sentido quando observamos o campo de artes marciais e seus participantes, podendo-se refletir sobre as alterações comportamentais que são causadas em crianças submetidas a esse processo. De forma que os valores sociais atribuídos a algumas práticas de lutas, como o judô se apresentam aos pais, médicos, psicólogos e pedagogos como forte elemento "disciplinador" para crianças e jovens. Porém, o contato com os praticantes de judô e kung fú permitiu para esse estudo apresentar alguns dados que, se não confirmam inteiramente a hipótese adotada da interferência da cultura oriental na formação para o entendimento de democracia e liberdade, oriunda da educação democrática, chama a atenção para a submissão e/ou dominância presente nos discursos que foram coletados em estudos anteriores (Takano, 2001; Novaes, 2002). Estes dados emergem para reflexão de possíveis alterações quanto aos comportamentos sociais elementares, talvez podendo ser o início da compreensão das "violências" adotadas por alguns grupos de artistas marciais, amplamente divulgados nas mídias.

"... não critico nada, senão não treinaria o que eu treino." (wushu n. 1).

"... meu professor é ótimo, mas tem o defeito de se intrometer na vida pessoal dos alunos, o que dificulta um pouco no relacionamento" (judô n. 7)

"... respeitar o aluno como se fosse outra pessoa que você goste, é lógico que se teria mais respeito com um mestre, professor, instrutor ou auxiliar" (wushu n. 1)

"... se alguém chega a academia deve-se sempre cumprimentar o mais graduado primeiro, e assim por diante. Ou numa mesa, se o mais graduado não comer ou não beber nada, os outros não poderiam se servir." (wushu n. 1)

"É pior do que no exército! Mas muito importante para aquele que almeja crescer dentro do esporte... o respeito do aluno para com os superiores". (judô n.6)

"A hierarquia é obrigada dentro do judô, por que tem artes marciais que não tem filosofia. Na capoeira o professor bebe, no karatê o professor ensina a brigar, no jiu jitsu ensina a quebrar braço, etc." (judô n. 3)

"Eles respeitam, mas às vezes nem sempre é da forma que gostaríamos que fosse... considero uma família, onde a maioria respeita, os que não respeitam a gente elimina..." (wushu n. 1)


Discussão

Em questionamentos sobre o processo de especialização precoce (Paes, 1996), existem diferentes abordagens privilegiando aspectos frequentemente considerados, "tais como os níveis psicológicos e fisiológicos, como também os traumatismos". Pouco foi explorado, porém, sobre os efeitos em relação a construção de elementos de interação sociais e desenvolvimento do próprio processo de cidadania brasileira. Aproveitando o entendimento de campo, pode-se compreender que as artes marciais possuem conceito e entendimento próprios para seus praticantes. Esses conceitos e entendimento da realidade podem estar de acordo com os processos de Orientalização existentes no ocidente (Albuquerque, 2000; Said, 1978).

O processo de orientalismo aparece por um desinteresse pelas estruturas econômicas, sociais e políticas específicas das sociedades ocidentais, essas portanto nutrem a orientalização do ocidente para alimentar a dimensão utópica de um oriente mítico, além dos determinismos existenciais (Albuquerque, 2000), tendo claramente um processo de recriação do Oriente pelo Ocidente, substituindo a geografia pelo imaginário. Nas lutas orientais esse "oriente imaginário" se apresenta como estrutura ou local ideal para convivência, local de sabedoria e perfeição inigualáveis. Como exemplo podemos apresentar:

Para nós, ocidentais, muitas das tradições milenares do Japão, são difíceis de serem enxergadas e compreendidas na sua essência e plenitude". (site da Liga Paulista de Judô)

"Quando o Judô foi criado, em 1882, ele já estava amparado em milhares de anos de filosofia e cultura. Naquele momento, o Japão já não era o país belicoso de outrora". (site da Liga Paulista de Judô)

"Encontramo-nos numa época de transição e de tomada de consciência de uma falta. Daí decorre uma necessidade de Oriente, que resulta do vazio de nossas vidas de Ocidente" (Morin,1998).

É possível concordar, portanto com Albuquerque (2000, p. s/nº) que apesar de se referir às religiões de origem oriental, também podemos indicar a semelhança com o "campo das artes marciais", quando a autora reflete que:

"Assim, a expressão orientalização do universo religioso retrataria mais uma geografia imaginária, que tem por base os estágios da humanidade do que territórios, histórias e culturas específicos. Estes desapareceriam sob a marca da irracionalidade que reencantou o mundo e desencantou a modernidade."

Outro dado que merece reflexão diz respeito ao processo de "sacralização" do oriente, extremamente acentuado nas artes marciais dizem respeito à mitificação da dor, bem como do sofrimento como uma característica disciplinadora do "corpo e espírito", assim como, da formação estrutural semelhante às "castas sociais", presentes e legitimadora dessas atividades como possuidoras de "filosofias" e processos de formação do "caráter" de um cidadão. Questões essas que foram apontados pelo estudo como passíveis de melhor investigação sobre o seu efeito na formação de crianças que, conforme os discursos analisados, tiveram o seu crescimento atrelado ao valores e apresentaram um discurso militarizado e sectário (entre diferentes tipos de artes marciais e até mesmo em diferentes níveis da formação dentro do campo).


Considerações finais

Devido à carência de estudos sobre o tema não é possível uma conclusão precisa e coerente sobre o mesmo, portanto é preciso identificar que existe a necessidade de pesquisa acerca do processo de formação envolvido no campo das lutas. Também alertar para a necessidade de cautela com generalizações comumente utilizadas pelo "senso comum" em relação às lutas, como "o judô disciplina", "lutas têm filosofia", "artes marciais formam o cidadão"...

Devido a essa reflexão podemos sugerir que o profissional que ministre ou preste serviços ao campo de artes marciais se atenha às seguintes possibilidades:

*

Conscientização do desenvolvimento de uma prática autônoma e responsável como profissional, mas estendendo esta conscientização também aos seus clientes;
*

Mudar o sentido das práticas baseadas apenas numa suposta "filosofia oriental" de obediência e submissão para uma educação de auto-reflexão crítica;
*

Refletir sobre a sua atuação contextual com vistas ao exercício da cidadania brasileira.


Notas

1.

Filosofia" - Termo de senso comum utilizado identificar os aspectos da sabedoria e conduta oriental existente nas Artes Marciais. A Filosofia deve ser entendida como a análise, reflexão, crítica e a busca do fundamento e do sentido da realidade em suas múltiplas formas e indagações (CHAUÍ, 1997)
2.

"Art 17; O respeito do praticante deverá ser concentrado primeiramente no criador da modalidade, segundo no grão mestre, terceiro no mestre, quarto no professor, quinto no instrutor e por ultimo nos seus subordinados e irmãos de arte marcial". (Gola, 1996).


Referências bibliográficas

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ALBUQUERQUE, L. M. B. East: source of an imaginary geography in Brazil. In: 18th Quinquennial Congress of the International Association for the History of Religions, Durban, South Africa, 2000.
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BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: Difel, 1989.
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DRIGO O JUDÔ: PERSPECTIVA COM A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA. 2002. 94 f. Dissertação (Mestrado em Pedagogia da Motricidade Humana) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2002
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KAY, Li Wing. Kung-fu (Wushu) - Sanshou. São Paulo. Editora Século XX, 1993
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MESQUITA, C.W. Identificação de incidências autoritárias existentes na prática de judô e utilizada pelo professor. 1994. 119 f. Dissertação (Mestrado em Educacão Física) - Escola de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1994.
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MORAIS, F. Corações sujos. São Paulo, Schwarcz, 2000.
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MORIN, E. Amor poesia e sabedoria. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 1998, p.47-67.
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NOVAES, C. R. B. Relações Hierárquicas nas Artes Marciais Orientais: estudo comparativo entre a arte marcial chinesa (Kung fu Wushu) e a japonesa (Judô). Rio Claro: UNESP, Instituto de Biociências, Departamento de Educação Física, 2002.
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PAES, R.R. Aprendizagem e competição precoce: o caso do basquetebol. Campinas: Editora da Unicamp, 1996.
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SAID, E.W. Orientalismo: oriente como invenção do ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1978
*

SOUSA, C. P. A evocação da entrada na escola: retratos autobiográficos de professores e professoras. In: BUENO, B. O.; CATANI, D. B. e SOUSA, C. P. (Org.) A vida e o ofício dos professores. São Paulo: Escrituras, 1998 (p. 31-44)
*

TAKANO, L.S. Normas de conduta em artes marciais: identificando alguns critérios pedagógicos no local de sua prática. 2001. 45 f. Monografia (Conclusão de Curso de Licenciatura em Educação Física) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2001.
*

TUNG, T. Wushu!. São Paulo: Círculo do Livro 1981.

O JUDÔinforme apenas está divulgando este estudo por entender a importância relevante aos praticantes de Judô - Prof. Rocha - Jornalista

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Novas regras forçam adaptações no judô e tradicional vira solução.

15/02/2010
Rio de Janeiro - RJ

Novas regras forçam adaptações no judô e até luta tradicional vira solução.

PASSO ATRÁS PARA O JUDÔ?

A Federação Internacional de Judô está usando, desde o fim do ano, regras mais rígidas. Os quimonos foram regulamentados, os golpes também. Pegadas de perna, que fizeram a fama do judô do leste europeu, foram banidas. Agora, judoca que tentar um golpe colocando a mão na perna do rival é eliminado. Nada de advertência ou pontuação contra. Pegou na perna, perdeu a luta.

A decisão radical fez com que métodos de treinamentos mudassem e, atletas que antes seriam considerados favoritos, voltassem ao tatame para treinar novas técnicas. É o caso de Flávio Canto. “Não digo que terei de aprender a lutar judô de novo. Mas são mudanças muito grandes. Eu não gostei, mas essa é só minha opinião”.
Solução tradicional

Apontada como uma das grandes prejudicadas, a Geórgia, duas vezes campeã mundial por equipes (2006 e 2008), já preparou uma maneira de contra-atacar: o chidaoba. Luta nacional do país, ela é uma espécie de judô sem quimonos, em que é proibido aplicar golpes nas pernas com os braços.

“É injusto o que dizem, que o judô da Geórgia depende das catadas de perna. É claro que temos atletas muito bons que têm essa característica. Nestor Khergiani é vice-campeão olímpico e mundial e vai sofrer. Mas ele já está com 34 anos. Os mais jovens não terão problemas. O chidaoba é uma luta popular, todo geórgio pratica. E agora vai ser muito útil nessa adaptação”, diz Zura Usupashvilli, que trabalha com a confederação do país.

Outras nações, porém, já sentem a mudança. Na Rússia, a mistura entre o judô e outras lutas é comum. O maior exemplo é o sambo, que une elementos do judô e da luta greco-romana. “Por lá, os atletas do sambo vão para o judô para poder lutar nas Olimpíadas”, conta Kiko Pereira, técnico da Sogipa, do Rio Grande do Sul.

“Os países do leste europeu certamente vão sofrer. Mas é uma questão de adaptação. Já estamos sabendo de treinos em que eles treinam os mesmo golpes que antes eram feitos com catadas de perna sem pegar as pernas”, completa Pereira.

Para o treinador, observações como essa são importante. Afinal, ele será o responsável pela transição de João Derly para o “novo judô”. O gaúcho bicampeão mundial é apontado como o maior prejudicado, no Brasil, pelas mudanças. “É uma questão de talento. E o João é um atleta talentoso. Talvez demore um pouco mais, mas ele tem todas as condições de conseguir resultados expressivos novamente”, diz Kiko.
Interpretação

Apesar da mudança estar valendo desde janeiro, a interpretação da regra ainda não é uniforme. Usupashvilli acompanhou a delegação da Geórgia no Grand Slam de Paris, na próxima semana, e percebeu diferenças. “Os critérios ainda são diferentes. Os juízes não tiveram um comportamento uniforme”, diz.

Por isso, os técnicos no Brasil também vão tratar de analisar o comportamento dos árbitros. “A regra é para todo mundo, mas existem diferenças de interpretação. A mesma regra pode ser aplicada mais rápida por um juiz do que por outros. Por isso mesmo, assim que meus atletas voltarem, vou conversar sobre isso, para passar o conhecimento para todos da equipe”, fala Floriano de Almeida, técnico do Minas Tênis, que trabalha com Luciano Corrêa, Érika Miranda e Ketleyn Quadros, trio da seleção.
A mudança de regras não foi uma unanimidade no judô nacional. Flávio Canto, medalhista de bronze em Atenas-2004, por exemplo, não gostou. Ele é um dos que precisará mudar seu estilo de luta para se adaptar, mas suas reclamações são bem mais amplas.

“A influência de outras lutas foi considerada negativa, mas é a evolução do esporte. Falaram que estão em busca do judô mais bonito, mas a beleza é relativa nesse caso. O surfe passou por isso. Quando uma geração chegou com os aéreos, os juízes não sabiam o que fazer. Porque, de acordo com as regras, eram as linhas mais clássicas que valiam mais pontos. Hoje, o esporte consegue englobar as duas escolas. E o judô fez o contrário. Está eliminando as influências de outras lutas. Isso pode acabar com o esporte em países como a Geórgia”, analisa o judoca, de 34 anos, em seu quinto ciclo olímpico.

Técnico da Sogipa, Kiko Pereira tem a mesma opinião. “Essas mudanças vão contra a disseminação do judô no mundo. Você está eliminando a transferência de conhecimento entre modalidades. E privilegiando técnicas que são muito mais complexas e de aprendizado mais lento. As novas regras beneficiam quem já tem o conhecimento, não quem quer aprender”.
Por Bruno Doro - Divulgação JUDÔinforme

Judoca enfrenta a dura realidade da falta de apoio no esporte.

15/02/2010
Rio de Janeiro - RJ


Faixa preta em determinação


Com os pais desempregados, o judoca Felipe Duarte, de apenas 19 anos, ensina golpes a 40 crianças da Zona Oeste para ajudar nas despesas de casa. Aluno de Educação Física, o morador de Santíssimo não recebe bolsa da faculdade e se vira com os R$ 400 que recebe das aulas.

Felipe é um vencedor no esporte. No ano passado, ganhou medalhas de ouro (com Cíntia Carvalho, com quem forma uma dupla) nos campeonatos estaduais de apresentação de golpes Nage no Kata e Nage Waza. Em 2007, ficou em primeiro lugar no Campeonato Estadual de Judô, na categoria pré-juvenil por equipes, e também venceu o Intercolegial.

Ele começou praticar judô aos 9 anos, na própria escola. Aos 15, um professor o convidou para treinar no Flamengo. Ele aceitou, mas a falta de dinheiro para ir todos os dias à Gávea o fizeram sair do clube. O ano de 2008 foi de recuperação. Com um joelho lesionado, o atleta se preparou para alcançar a faixa preta. No ano passado, ela finalmente veio — com muitos planos:

— Agora, pretendo treinar para recuperar minha forma ideal, competir com outros faixas pretas e participar de todos os torneios da Federação de Judô do Rio.
Por:Rennan Setti - Divulgação JUDÔinforme

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Neste Carnaval Brasil é Ouro e Prata em Budapeste e Viena.

14/02/2010
Budapeste - Hungria


BRASIL É OURO E PRATA NAS COPAS DO MUNDO DE BUDAPESTE E VIENA


Mayra Aguiar sobe no lugar mais alto do pódio na Copa do Mundo de Budapeste, enquanto Luciano Corrêa e Walter Santos são prata na Copa do Mundo de Viena

O domingo de carnaval (14) foi dourado e prateado para o judô brasileiro. Mayra Aguiar (-78kg) conquistou a medalha de ouro na Copa do Mundo de Budapeste, na Hungria. Mayra bateu na final a japonesa Tomomi Okamura por ippon. Já na Copa do Mundo de Viena, em Budapeste, Luciano Corrêa (-100kg) e Walter Santos (+100kg) ficaram com a prata. Com estes resultados, Mayra Aguiar soma 100 pontos no ranking mundial da Federação Internacional de Judô, enquanto Luciano e Walter acumulam 60 pontos. O bom desempenho dos judocas também colocaram o Brasil entre as principais nações no quadro de medalhas nas duas competições. Em Budapeste, o país ficou em segundo lugar, entre 32 países, atrás apenas do Japão. Já em Viena, onde haviam 35 países inscritos, os homens terminaram na quarta colocação geral.

Em Budapeste, judoca brasileira de apenas 18 anos ganha suas cinco lutas por ippon na categoria até 78 kg

No caminho para a medalha de ouro, Mayra venceu Anny Cortez, da Colômbia, por ippon; Catherine Roberge, do Canadá, por ippon; Ruika Sato, do Japão, por wazari; e Abigel Joo, da Hungria, por ippon.

Campeão mundial em 2007 e um dos atletas mais regulares da seleção, Luciano Corrêa (-100kg) voltou ao pódio em competições internacionais. Luciano ficou com a medalha de prata na Copa do Mundo de Viena ao ser superado na final por ippon pelo japonês Kaihan Takagi. Luciano fez quatro lutas pela fase classificatória. Na estreia venceu por yuko o japonês Daisuke Kobayashi. Na sequencia, ippon no italiano Gianluca Giaccaglia. As duas lutas seguintes foram conta franceses. Na terceira rodada, wazari em Maxime Clement e na semifinal ippon em Christophe Humbert.

A outra prata em Viena veio com Walter Santos (+100kg). O peso pesado brasileiro só foi parado na final pelo japonês Hiroki Tachiyama por wazari. Nas quatro lutas anteriores foram três ippons e um wazari. Na primeira rodada Walter venceu por ippon Vladut George Simionescu, da Romênia. Depois, passou por ippon pelo tcheco Libor Uhlik. Na terceira fase, garantiu a vitória com um wazari no japonês Masaru Momose. Nas semi, ippon em Kazuhiko Takahashi.

Aos 18 anos, esta é a segunda medalha de ouro de Mayra Aguiar em copas do mundo disputadas na Europa. Em 2008, nos torneios que antecederam os Jogos Olímpicos de Pequim, a brasileira foi a única atleta da delegação da modalidade a subir no lugar mais alto do pódio.

Para a técnica da seleção feminina, Rosicléia Campos, Mayra esteve impecável neste domingo.

"Mayra não deu chances para a japonesa na final e teve atitude desde o primeiro segundo. Ela é extremamente competidora e luta muito concentrada, com traquilidade e equilíbrio. Isto faz toda a diferença. A atuação dela nesta copa do mundo foi impecável", diz Rosicléia Campos.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Cuidados especiais para os atletas de judô nos quatro dias de carnaval.

13/02/2010
Rio de Janeiro - RJ

Os quatro dias de carnaval exigem alguns cuidados fundamentais.

para o Judoca folião não perder o pique. A palavra mais adequada para aproveitar
a festa mais popular do Brasil é “moderação”. Segundo o endocrinologista
Dr. Sergio Vêncio, do Lavoisier Medicina Diagnóstica/DASA,
ingerir muita água é a primeira orientação para garantir um carnaval
saudável e sem transtornos.

“Em qualquer evento dessa natureza onde as pessoas permanecem
numa atividade física intensa por muitas horas, o importante é ter cuidado
com a hidratação. Após 40 minutos pulando carnaval, é importante repor
também vitaminas e sais minerais. Para isso devem ser usados
os isotônicos, suco de frutas, ou a própria fruta. Água de coco
é sempre uma excelente pedida. E água, muita água”, enfatiza o médico.

O especialista alerta também para o abuso de álcool, que pode desidratar
o corpo, além de trazer inconvenientes como apagões, náuseas e perda
de memória. Outro ponto negativo é o uso de cigarro e outras drogas.
“Isso tudo é exatamente o que o Judoca folião não precisa”, comenta.
Ainda segundo o endocrinologista, o hábito de misturar bebidas
energéticas com álcool para aumentar o pique pode levar a pessoa
ao hospital, já que nem todos os organismos reagem bem ao excesso
de estímulos.

Em relação à alimentação, a recomendação é ingerir alimentos leves
e naturais e deixar de lado condimentos e excesso de sal,
além de embutidos, camarão, peixe e maionese, os que mais provocam
intoxicação alimentar. O ideal é priorizar frutas ricas em água,
como melancia e melão, além de alimentos integrais,
pois promovem a absorção lenta de carboidratos e evitam a queda
de glicose devido ao excesso de exercícios.

Sarah Menezes do Brasil é Prata em Budapeste.

13/02/2010
Budapeste - Hungria

SARAH MENEZES É PRATA DE BUDAPESTE


Com resultado brasileira conquista 60 pontos no ranking mundial. Disputas continuam neste domingo (14)

A judoca brasileira Sarah Menezes (-48kg) mostrou que segue em grande fase e conquistou neste sábado (13) a medalha de prata na Copa do Mundo de Budapeste, na Hungria. Sarah foi superada na decisão pela japonesa Haruna Asami por wazari (três punições). Com o resultado, Sarah soma 60 pontos no ranking mundial da Federação Internacional de Judô.

Neste domingo (14) competem em Budapeste Mariana Silva (-63kg), Mayra Aguiar (-78kg) e Maria Suellen Altman (+78kg). Na Copa do Mundo de Viena, na Áustria, lutam Nacif Elias (-81kg), Tiago Camilo (-90kg), Luciano Correa (-100kg) e Walter Santos (+100kg).

Sarah estreou com uma vitória difícil sobre a belga Amelie Rosseneu, que sofreu uma punição. Na rodada seguinte, a brasileira venceu por ippon a russa Gayane Arutyunyan. Ainda pela fase de classificação, Sarah voltou a vencer por ippon, desta vez sobre a romena Carmen Bogdan. Nas semifinais, vitória por wazari na disputa com Soko Ibe, do Japão.

“A Sarah Menezes sentiu muito a primeira luta. Não respirou direito e com isso acabou cansando. A belga é uma atleta bem conhecida, mas a Sarah se recuperou e a partir daí engrenou na competição. A vitória na semifinal merece destaque, pois a japonesa era canhota, o que geralmente é uma dificuldade, mas ela foi super bem. Na decisão, a adversária teve mais oportunidades”, conta a técnica da seleção feminina, Rosicléia Campos.

Entre os homens, na Áustria, o destaque foi o meio-leve (-66kg) Alex Pombo. O judoca foi derrotado na disputa da medalha de bronze por Tarian Karimov, do Uzbequistão.

Com dores no joelho, Leandro Guilheiro, ouro no Grand Slam de Paris, foi poupado pela comissão técnica para se recuperar e competir no Grand Prix de Dusseldorf (ALE) na próxima semana.
Divulgação JUDÔinforme

Presidente da CBJ receberá medalha de Mérito Desportivo Militar.

13/02/2010
Rio de Janeiro - RJ

O presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, será homenageado com a Medalha Mérito Desportivo Militar, em reconhecimento aos relevantes servições prestados ao desporto militar do Brasil. A cerimônia de entrega da medalha será realizada no dia 26 deste mês, às 18h, na Escola de Educação Física do Exército, no Forte São João, na Urca (RJ).
Divulgação JUDÔinforme.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Prática de judô pode trazer bem-estar psicossocial para epilético.

11/02/2010
Maceió - AL

Muitas doenças podem predispor os indivíduos a alterações psicossociais. Conhecendo o benefício das artes marciais para a saúde física e mental, alguns sintomas desencadeados por essas doenças podem ser minimizados quando essas atividades forem praticadas regularmente.

Disciplina, respeito e autoconfiança são condições necessárias na prática de artes marciais. Das várias doenças que afetam a saúde mental do indivíduo, as consequências psicossociais em pessoas com epilepsia são significantes. Pessoas com epilepsia apresentam dificuldades emocionais como depressão, ansiedade, isolamento social e consequentemente uma diminuição da sua qualidade de vida. Efeitos positivos do exercício físico na epilepsia estão documentados (Arida et al., 2008/2009). Em artigo recente publicado na revista *Epilepsy and Behavior, propomos que a prática de judô pode contribuir para reduzir alguns das alterações psicossociais observadas em pessoas com epilepsia.

Judô significa caminho da suavidade (ju = suavidade; dô = caminho). Através do treinamento dos métodos de ataque e defesa pode-se adquirir qualidades favoráveis como condicionamento físico, espírito de luta e atitude moral. O judô é um esporte tradicional, popular e praticado por indivíduos de diferentes raças, origens, faixas etárias e classes sociais.

Além disso, não é raro em nosso meio de atuação profissional sermos abordados pelos pacientes com epilepsia a respeito da possibilidade dos mesmos praticarem algum tipo de esporte de contato, entre os quais se inclui o judô. Além da melhora da condição física, o judô desenvolve a autoestima, aumenta a confiança, a disciplina e o respeito.

Considerando que pesquisas têm mostrado uma diminuição da autoestima e confiança em indivíduos com epilepsia, o judô poderia ser uma ferramenta complementar para a recuperação de déficits físicos e psicológicos observados nessas pessoas. Por exemplo, um estudo mostrou que os efeitos positivos na autoestima foram maiores em indivíduos com epilepsia que apresentavam baixa autoestima no início de um programa de 12 semanas de exercício (McAuley et al., 2001). Nesse sentido, a prática de judô poderia ser adequada para a necessidade dessa população de indivíduos. Nossa experiência pessoal mostra que pessoas com epilepsia envolvidas com a prática regular de judô apresentam muitos dos benefícios citados acima.

Até o momento, nenhum estudo na literatura abordou com exatidão a relação entre epilepsia e a prática de judô. Das poucas investigações a esse respeito, um estudo mostrou que a frequência de crises epilépticas não aumentou durante a prática do judô (Baumann, 1999). Embora poucos estudos avaliaram o impacto do judô em pessoas com epilepsia, outras artes marciais como o karatê mostrou também ser uma intervenção efetiva. Tendências positivas foram observadas em crianças e adolescentes com epilepsia em vários domínios de qualidade de vida, particularmente em relação à ansiedade, socialização, atenção e concentração.

Apesar dos benefícios do judô em pessoas com epilepsia, não podemos necessariamente estender esses efeitos para todos os indivíduos com epilepsia. Precauções especiais devem ser tomadas para pessoas com crises frequentes. Entretanto, com supervisão adequada e precauções seguras, as pessoas com epilepsia podem praticar esta atividade esportiva. Futuros estudos com populações maiores de indivíduos com epilepsia poderão confirmar os construtivos efeitos psicossociais da prática do Judô como confiança, autodisciplina e autocontrole, independente do resultado da redução de crises epilépticas.
Por: Ricardo Arida/Vya Estelar Divulgação JUDÔinforme