São Paulo - SP
O professor de judô Alexsander Whitaker seria apenas outra vítima da violência de São Paulo, mas resolveu se tornar um dos principais atletas paraolímpicos do Brasil. Em 1993, aos 23 anos, Alexsander foi atacado por dois assaltantes. O professor não reagiu e fugiu dos agressores que dispararam tiros pelas suas costas.
O primeiro atingiu o seu pulmão e o outro foi direto na coluna. Após o segundo, Alexsander caiu e já percebeu que alguma coisa estava errada. O professor havia perdido a mobilidade em ambas as pernas. As balas ainda estão alojadas em seu corpo, mas Alexsander superou a tragédia.
Do tatame para os aparelhos de musculação, há 14 anos ele é campeão de halterofilismo adaptado, em 2003 e 2005 foi o melhor do mundo, conquistou o ouro no Parapan-americano de 2007 e já chegou a levantar até 192,5 quilos. O problema não é a deficiência, mas a falta de patrocínio.
Para sustentar o esporte, Alexsander mantém dois empregos. Ele é analista tributário de uma financeira e faz as avaliações nutricionais dos alunos na mesma academia que treina todos os dias. Incansável, o maior sonho do atleta é conquistar o ouro nas Paraolimpíadas de Londres, em 2012, quando estará com 42 anos.
- É a única que está faltando. Se eu não pegar essa medalha, vou ficar frustrado o resto da minha vida.
O halterofilista esteve nas ultimas três paraolimpíadas, mas conseguiu apenas um quarto lugar em 2004, nos jogos de Atenas. Hoje, Alexsander reconhece que o que aprendeu com o acidente foi único.
- Foi uma pena, mas eu passaria pelas mesmas coisas para ser a pessoa que eu sou hoje.
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Divulgação JUDÔinforme
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