São Paulo - SP
PREOCUPAÇÃO COM OS ANÉIS OLÍMPICOS
Durante a semana, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 foi ao Senado para tentar ampliar a proteção aos símbolos olímpicos. Em seu livro, Motta e Castropil até pensaram em usar os anéis olímpicos, simbolo máximo do esporte, mas desistiram. No ano passado, a professora Kátia Rúbio teve problemas com a entidade pelo nome de seu livro (Educação, Esporte e Valores Olímpicos). "Tivemos o cuidado de não usar nada que pudesse criar conflito. Substituímos os anéis por triângulos, que representam as cinco atitudes que falamos no livro", diz Castropil.
Uma queda feia, que quebrou ossos, rompeu artérias e ligamentos quase fez com que o judoca Rodrigo Mota virasse manco pelo resto da vida. As dificuldades para superar o problema, as inúmeras cirurgias e o processo de recuperação dos movimentos na perna, porém, geraram um resultado diferente. Na última quinta-feira, Motta e o médico que o ajudou a voltar a andar, Wagner Castropil, lançaram “Esportismo”.
O livro é um estudo sobre as características marcantes de atletas de sucesso que podem ser usadas, por qualquer um, para a busca do sucesso no dia-a-dia. Mais do que uma “receita de bolo”, é uma forma de contar o processo de recuperação de Rodrigo e o que ele e Castropil, ex-judoca olímpico e atualmente médico da seleção brasileira de judô, aprenderam no caminho.
“A gente teve uma experiência conjunta marcante. O Rodrigo sofreu um acidente que causou uma lesão muito séria e ele veio me procurar. Juntos usamos muitos desses valores para superar os desafios. Um aprendizado conjunto. Foi aí que surgiu a ideia de começar a estudar e entender qual modelo mental dos atletas ajudam nas conquistas. E achamos que esse modelo é reprodutível”, explica Castropil.
Os dois dividem esse modelo em cinco abas: atitude, visão, estratégia, execução e team work (trabalho em equipe). No primeiro capítulo, sobre atitude, inclusive, eles abordam um tema polêmico, o do inventivo à competitividade na infância. Segundo os autores, é importante, sim, que os vencedores tenham uma recompensa maior por seus resultados.
“Hoje, existe um entendimento equivocado de que é a competição para crianças é ruim. Na verdade, o que pregamos é que ela não deve ser encarada como uma competição para adultos. O que não pode acontecer é o adulto colocar um stress psicológico na criança. Mas é importante que essa competitividade faça parte do dia a dia e que a criança entenda que existe competitividade. Essa habilidade para lidar com isso pode ser desenvolvida desde a infância”, continua o médico.
O livro “Esportismo: Valores do esporte para o alto desempenho pessoal e profissional” foi lançado pela Gente, a mesma editora do guru da auto-ajuda Roberto Shinyashiki. No site da empresa, o livro custa R$ 49,90.
Bruno Doro - Divulgação JUDÔinforme
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