terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Judoca pernambucana se prepara para tentar vaga em 2012.

23/02/2010
Recife - Pernambuco

Larissa Trindade é uma atleta que trocou o glamour da moda para desfilar nos tatames; agora ela se prepara para o Brasileiro.


O judô já rendeu 15 medalhas olímpicas ao Brasil. Um esporte que reúne força e técnica e que não precisa de cara feia para derrubar os adversários. Um exemplo é Larissa Trindade (foto 2), uma pernambucana que trocou o glamour da moda para desfilar nos tatames.

A carreira de modelo era promissora, mas em vez de fazer poses nas revistas de moda, Larissa preferiu ser manchete nas páginas esportivas. A bela se sente à vontade mesmo é no tatame, para frustração da mãe. “Ela queria que eu fosse bailarina. Eu até entrei no balé, só que resolvi ficar no judô”, contou Larissa.

Isso foi quando ela tinha 10 anos, e assim que vestiu o quimono se deu bem. No primeiro ano de competição a judoca da AABB foi campeã pernambucana, brasileira e sulamericana. Em 2005 foi vice -campeã mundial na categoria júnior. Ela chamou atenção de outros clubes do Brasil.

Há três anos Larissa trocou o Recife por Belo Horizonte, e foi treinar no Minas Tênis Clube. Lá ela contava com uma super estrutura. Recebia salário e o clube bancava a faculdade, alimentação e casa. Mas nada disso compensava a distância da família. Por isso, Larissa resolveu voltar pra casa. “Eu rendia muito tecnicamente, mas psicologicamente, você ficar longe da família, é muito difícil”, disse.

Por isso, voltou a treinar na AABB, com a mesma técnica do começo de carreira. Jemima Alves (foto 3) era mais que treinadora. “Às vezes ela não tinha como vir para AABB, aí eu ia até sua casa buscar. Depois ia deixar depois do treino”, contou Jemima.

Jemima participou das Olimpíadas de Barcelona, em 1992, quando tinha 27 anos. Larissa está com 22. O desafio é garantir vaga na Olimpíada de Londres em 2012. Mas não é só treinar para conseguir a vaga. É preciso apoio também.

"Ainda estou procurando patrocínio para a viagem, para não ter aquela preocupação de quando ser de Pernambuco, classifica mas não sabe se vai porque não sabe se alguém vai bancar sua passagem”, explicou Larissa.

O que não falta é incentivo da família. E a mãe que era contra ver a filha de quimono também apóia, mas do jeito dela.

“Quando perco uma competição, eu fico super triste. Ela diz ‘filha que besteira, o importante é que você é mais bonita’. Mas mãe isso não tem nada a ver, não é concurso de beleza é de judô”, brincou a judoca.

Ela está se preparando para disputar a seletiva regional do Campeonato Brasileiro, marcada para o dia 6 de março, no Recife.
Da Redação do pe360graus.com - Divulgação JUDÔinforme

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