quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um estudo no processo de especialização precoce no Judô.

17/02/2010
Rio de Janeiro - RJ

A cultura oriental e o processo de especialização precoce nas artes marciais
Alexandre Janotta Drigo* - Paulo Roberto de Oliveira** - Juliana Cesana*** - Caio Rotta Bradbury Novaes**** - Samuel de Souza Neto*****
*Doutorando em Educação Física - DCE FEF - UNICAMP/ GEFMTD/ NEPEF/ GEPAM
**Doutor em Desempenho Humano UNICAMC/FEF/DCE
***Mestranda em Ciências da Motricidade UNESP - Rio Claro/ NEPEF Bolsista do CNPq - Brasil - ****Mestrando em Ciência da Motricidade Unesp- Rio Claro/ Nepef Doutor. UNESP - Rio Claro/ NEPEF (Brasil)

Resumo
Objetivando buscar elementos da cultura oriental, japonesa e chinesa, e sua relação com o processo de especialização precoce nas modalidades de lutas e/ou artes marciais que são influenciados por essas culturas realizou-se este estudo. No que diz respeito ao judô constatou-se, nos dados deste trabalho, que o seu processo de aprendizagem, originário da "repressora cultura japonesa" (Mesquita, 1994) pode entrar em confronto com uma pedagogia voltada às necessidades da cidadania brasileira, provocando reflexões sobre o quanto o comportamento autoritário e exótico pode influenciar e/ou deformar o entendimento da criança e/ou dos praticantes em relação aos princípios básicos da sociedade ocidental de um ideal de liberdade e democracia.

Introdução

Este estudo teve como ponto de partida a experiência de um dos autores com o campo das artes marciais, o judô, considerando a sua vivência como atleta e trajetória pessoal como professor universitário da disciplina "Fundamentos e estudos avançados em judô" (Unesp-RC), e "Fundamentos de artes marciais (Ufscar), em que se procurou, através de relatos de experiência autobiográfico, tematizar e reconstituir, com dados da literatura, as "escolas de ofício" vinculadas a este campo e registrar algumas nuances do "estado da arte" das artes marciais no Brasil.

No geral o que e busca é averiguar e levantar alguns dados que sirvam de subsídios para discussões sobre as relações entre essas culturas, introduzidas no país no início do século XX e os processos envolvidos na especialização precoce de jovens praticantes, utilizando as modalidades judô e kung fú (wushu) como atividades representativas no campo das lutas. As discussões sobre a prática de especialização precoce, sempre relacionam posições sobre os aspectos psicofísicos da criança e, aborda-se neste ensaio, questões oriundas da construção do processo de formação da cidadania do jovem brasileiro envolvido nessas atividades.

No âmbito das premissas que foram colocadas o que se busca é cruzar os dados de natureza autobiográfica, decorrentes dos conhecimentos provenientes do universo dos praticantes frente aos conhecimentos próprios do seu campo, visando o mapeamento dessas "escolas de ofício" e o seu embate frente o processo de profissionalização da Educação Física, Regulamentação Profissional.


O judo no contexto das artes marciais e do esporte

As artes marciais são atividades corporais de ataque e defesa, podendo também ser caracterizadas como lutas. A principal diferença entre as duas é que para os praticantes de artes marciais, principalmente as de origem oriental, consideram que os conteúdos da cultura de origem da atividade teriam uma orientação proveniente de uma "filosofia"1 (de vida) que determinaria a sua diferença com as lutas, por exemplo: o boxe.

Neste contexto encontramos o judô, considerado uma arte marcial de exercício físico que ao longo da história se transformou em esporte. Foi idealizado no Japão e se ramificou para quase todos os países do mundo. Possui características próprias, sendo que a cultura japonesa muito influencia esta atividade.

No Brasil, o judô teve seu inicio com a imigração japonesa herdando, portanto a influência oriental, tanto na forma de prática como no seu ensino e outras formas de desenvolvimento, em nosso país. Já o wushu possui profundas ligações com toda a cultura chinesa, e se tornou até certo ponto uma atividade física e uma forma de lazer. Foi desenvolvido em épocas primitivas pêlos trabalhadores e camponeses, mas com a emergência de uma estrutura de classes na sociedade chinesa, o Wushu foi adaptado por estas classes dominantes.

Na tentativa de proteger sua posição privilegiada, o envolveram em um manto de misticismo e superstição feudal com o intuito de desencorajar ativamente a participação de outras classes (TUNG, 1981). Somente em 1949, com a instauração da República Popular, a elitização e o protecionismo do Wushu pela classe dominante se desfez, com a política de Mao de "promover a cultura física e os esportes e fomentar a saúde do povo", ocorrendo incentivos de todas as formas pelo governo para o desenvolvimento do Wushu em todos os seus aspectos e para toda a população - baseado na crença de que pessoas mais saudáveis poderiam contribuir muito mais para a construção de um novo estado socialista (KAY, 1993). Assim, todo empenho para o desenvolvimento físico, moral e intelectual passou a ter como base o Wushu, e com este novo objetivo atribuído, o Wushu "adquiriu um sentido de alegria que antes não possuía" (TUNG, 1981).

Também o conceito de Yamatodamashi faz-se necessário nessa reflexão. Ele seria a Doutrina do "espírito nipônico"; no qual as colônias japonesas do início do século XX, mais precisamente no processo de colonização [que se iniciou em 1906, com o aportar em Santos do navio Kassato Marú (Morais, 2000)] sendo através dessa doutrina que era ensinado o padrão de comportamento japonês, que tinha como ponto principal o respeito e lealdade ao Império e a fé quase religiosa pela figura do Imperador Hiroito.

Para Morais (2000), esse comportamento mostrava, principalmente durante o período da 2a. Guerra Mundial, um comprometimento da maioria dos japoneses residentes do Brasil com o Império e o imperador e pouca relação com a nação nativa, o Brasil. Essa educação japonesa possivelmente foi impregnada ou até mesmo "deformada" nas artes marciais, diferindo do processo pedagógico existente em outros esportes presentes no país.

Dessa forma esse estudo busca elementos da cultura oriental (japonesa e chinesa), considerando possibilidades de levantar questionamentos para possíveis reflexões sobre as artes marciais presentes no país:

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Relacionando o processo de especialização precoce nas modalidades influenciadas por essas culturas;
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Enfocando as questões sociais e a construção do processo de cidadania das crianças praticantes.


Metodologia

Para o entendimento e desenvolvimento do estudo, faz-se necessário compreender a estrutura presente nas artes marciais. Um conceito interessante que se sobrepõe para um entendimento coerente das relações e o entendimento das dimensões sociais existentes nas lutas é o modelo de estudos do "campo".

Bourdieu (1989) chega à noção de campo, como sendo o espaço onde as posições dos agentes se encontram a priori fixadas. O campo se define, assim, como o locus onde se trava uma luta entre os atores em torno de interesses específicos que caracterizam a área em questão. É um espaço onde se manifestam as relações de poder, sempre a partir do "capital social" dos agentes que estão em dois pólos: dominantes e dominados. Nessa perspectiva resolve-se o problema da adequação entre ação subjetiva e objetividade da sociedade, uma vez que todo ator age no interior de um campo socialmente predeterminado.

O campo, portanto, deve ser entendido enquanto espaço objetivo de um jogo, um lugar de luta onde se manifestam e se definem as relações de poder. No interior de cada campo estão reservados espaços para os dominantes (aqueles que possuem um máximo de capital social) e para os dominados (ausência do capital específico que define o campo). Assim, a estrutura de um campo tende a se definir pela conservação ou subversão da estrutura de distribuição do capital específico (conhecimento da história e de seus conteúdos). Adjacente ao campo, tem-se a idéia de habitus que se apresenta como disposição estável para se operar numa determinada direção; através da repetição, conseqüentemente, cria-se uma certa naturalidade entre sujeito e objeto dando o sentido de que o hábito se tornava uma segunda dimensão do homem, o que efetivamente assegurava a realização da ação. Pode-se considerar o habitus como aquilo que se adquiriu, mas que se encarnou de modo durável no corpo sob a forma de disposições permanentes.

Como técnica de coleta de dados foi utilizada a entrevista, na perspectiva da autobiografia que, concordando com Sousa (1998), busca reconstruir as histórias de formação pela via escrita través da historia oral com o objetivo de auto-revelação e considerando os fatores motivacionais que geraram as reflexões. Associando a leitura de coletas de discurso anteriores (Takano, 2001; Novaes, 2002); permitiram a identificação dos elementos pertinentes a uma coleta de dados relacionados à prática do judô e wushu, relação mestre-aprendiz e hierarquia das faixas no âmbito da performance. Nestes estudos foram coletados dados de aprendizes (n=12) e mestres (n=6), pela análise qualitativa (baseada na categorização dos resultados) identificando elementos ilustrativos que possibilitaram a identificação da proposta apresentada.


Resultados

Temos como respostas desses processos introduzidos no Brasil:

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uma pedagogia autoritária;
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formação de castas para o campo das artes marciais2;
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exigências voltadas às necessidades de um país imperialista e não democrático.

Essas constatações fazem sentido quando observamos o campo de artes marciais e seus participantes, podendo-se refletir sobre as alterações comportamentais que são causadas em crianças submetidas a esse processo. De forma que os valores sociais atribuídos a algumas práticas de lutas, como o judô se apresentam aos pais, médicos, psicólogos e pedagogos como forte elemento "disciplinador" para crianças e jovens. Porém, o contato com os praticantes de judô e kung fú permitiu para esse estudo apresentar alguns dados que, se não confirmam inteiramente a hipótese adotada da interferência da cultura oriental na formação para o entendimento de democracia e liberdade, oriunda da educação democrática, chama a atenção para a submissão e/ou dominância presente nos discursos que foram coletados em estudos anteriores (Takano, 2001; Novaes, 2002). Estes dados emergem para reflexão de possíveis alterações quanto aos comportamentos sociais elementares, talvez podendo ser o início da compreensão das "violências" adotadas por alguns grupos de artistas marciais, amplamente divulgados nas mídias.

"... não critico nada, senão não treinaria o que eu treino." (wushu n. 1).

"... meu professor é ótimo, mas tem o defeito de se intrometer na vida pessoal dos alunos, o que dificulta um pouco no relacionamento" (judô n. 7)

"... respeitar o aluno como se fosse outra pessoa que você goste, é lógico que se teria mais respeito com um mestre, professor, instrutor ou auxiliar" (wushu n. 1)

"... se alguém chega a academia deve-se sempre cumprimentar o mais graduado primeiro, e assim por diante. Ou numa mesa, se o mais graduado não comer ou não beber nada, os outros não poderiam se servir." (wushu n. 1)

"É pior do que no exército! Mas muito importante para aquele que almeja crescer dentro do esporte... o respeito do aluno para com os superiores". (judô n.6)

"A hierarquia é obrigada dentro do judô, por que tem artes marciais que não tem filosofia. Na capoeira o professor bebe, no karatê o professor ensina a brigar, no jiu jitsu ensina a quebrar braço, etc." (judô n. 3)

"Eles respeitam, mas às vezes nem sempre é da forma que gostaríamos que fosse... considero uma família, onde a maioria respeita, os que não respeitam a gente elimina..." (wushu n. 1)


Discussão

Em questionamentos sobre o processo de especialização precoce (Paes, 1996), existem diferentes abordagens privilegiando aspectos frequentemente considerados, "tais como os níveis psicológicos e fisiológicos, como também os traumatismos". Pouco foi explorado, porém, sobre os efeitos em relação a construção de elementos de interação sociais e desenvolvimento do próprio processo de cidadania brasileira. Aproveitando o entendimento de campo, pode-se compreender que as artes marciais possuem conceito e entendimento próprios para seus praticantes. Esses conceitos e entendimento da realidade podem estar de acordo com os processos de Orientalização existentes no ocidente (Albuquerque, 2000; Said, 1978).

O processo de orientalismo aparece por um desinteresse pelas estruturas econômicas, sociais e políticas específicas das sociedades ocidentais, essas portanto nutrem a orientalização do ocidente para alimentar a dimensão utópica de um oriente mítico, além dos determinismos existenciais (Albuquerque, 2000), tendo claramente um processo de recriação do Oriente pelo Ocidente, substituindo a geografia pelo imaginário. Nas lutas orientais esse "oriente imaginário" se apresenta como estrutura ou local ideal para convivência, local de sabedoria e perfeição inigualáveis. Como exemplo podemos apresentar:

Para nós, ocidentais, muitas das tradições milenares do Japão, são difíceis de serem enxergadas e compreendidas na sua essência e plenitude". (site da Liga Paulista de Judô)

"Quando o Judô foi criado, em 1882, ele já estava amparado em milhares de anos de filosofia e cultura. Naquele momento, o Japão já não era o país belicoso de outrora". (site da Liga Paulista de Judô)

"Encontramo-nos numa época de transição e de tomada de consciência de uma falta. Daí decorre uma necessidade de Oriente, que resulta do vazio de nossas vidas de Ocidente" (Morin,1998).

É possível concordar, portanto com Albuquerque (2000, p. s/nº) que apesar de se referir às religiões de origem oriental, também podemos indicar a semelhança com o "campo das artes marciais", quando a autora reflete que:

"Assim, a expressão orientalização do universo religioso retrataria mais uma geografia imaginária, que tem por base os estágios da humanidade do que territórios, histórias e culturas específicos. Estes desapareceriam sob a marca da irracionalidade que reencantou o mundo e desencantou a modernidade."

Outro dado que merece reflexão diz respeito ao processo de "sacralização" do oriente, extremamente acentuado nas artes marciais dizem respeito à mitificação da dor, bem como do sofrimento como uma característica disciplinadora do "corpo e espírito", assim como, da formação estrutural semelhante às "castas sociais", presentes e legitimadora dessas atividades como possuidoras de "filosofias" e processos de formação do "caráter" de um cidadão. Questões essas que foram apontados pelo estudo como passíveis de melhor investigação sobre o seu efeito na formação de crianças que, conforme os discursos analisados, tiveram o seu crescimento atrelado ao valores e apresentaram um discurso militarizado e sectário (entre diferentes tipos de artes marciais e até mesmo em diferentes níveis da formação dentro do campo).


Considerações finais

Devido à carência de estudos sobre o tema não é possível uma conclusão precisa e coerente sobre o mesmo, portanto é preciso identificar que existe a necessidade de pesquisa acerca do processo de formação envolvido no campo das lutas. Também alertar para a necessidade de cautela com generalizações comumente utilizadas pelo "senso comum" em relação às lutas, como "o judô disciplina", "lutas têm filosofia", "artes marciais formam o cidadão"...

Devido a essa reflexão podemos sugerir que o profissional que ministre ou preste serviços ao campo de artes marciais se atenha às seguintes possibilidades:

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Conscientização do desenvolvimento de uma prática autônoma e responsável como profissional, mas estendendo esta conscientização também aos seus clientes;
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Mudar o sentido das práticas baseadas apenas numa suposta "filosofia oriental" de obediência e submissão para uma educação de auto-reflexão crítica;
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Refletir sobre a sua atuação contextual com vistas ao exercício da cidadania brasileira.


Notas

1.

Filosofia" - Termo de senso comum utilizado identificar os aspectos da sabedoria e conduta oriental existente nas Artes Marciais. A Filosofia deve ser entendida como a análise, reflexão, crítica e a busca do fundamento e do sentido da realidade em suas múltiplas formas e indagações (CHAUÍ, 1997)
2.

"Art 17; O respeito do praticante deverá ser concentrado primeiramente no criador da modalidade, segundo no grão mestre, terceiro no mestre, quarto no professor, quinto no instrutor e por ultimo nos seus subordinados e irmãos de arte marcial". (Gola, 1996).


Referências bibliográficas

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DRIGO O JUDÔ: PERSPECTIVA COM A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA. 2002. 94 f. Dissertação (Mestrado em Pedagogia da Motricidade Humana) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2002
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MORIN, E. Amor poesia e sabedoria. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 1998, p.47-67.
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NOVAES, C. R. B. Relações Hierárquicas nas Artes Marciais Orientais: estudo comparativo entre a arte marcial chinesa (Kung fu Wushu) e a japonesa (Judô). Rio Claro: UNESP, Instituto de Biociências, Departamento de Educação Física, 2002.
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PAES, R.R. Aprendizagem e competição precoce: o caso do basquetebol. Campinas: Editora da Unicamp, 1996.
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SAID, E.W. Orientalismo: oriente como invenção do ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1978
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SOUSA, C. P. A evocação da entrada na escola: retratos autobiográficos de professores e professoras. In: BUENO, B. O.; CATANI, D. B. e SOUSA, C. P. (Org.) A vida e o ofício dos professores. São Paulo: Escrituras, 1998 (p. 31-44)
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TAKANO, L.S. Normas de conduta em artes marciais: identificando alguns critérios pedagógicos no local de sua prática. 2001. 45 f. Monografia (Conclusão de Curso de Licenciatura em Educação Física) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2001.
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TUNG, T. Wushu!. São Paulo: Círculo do Livro 1981.

O JUDÔinforme apenas está divulgando este estudo por entender a importância relevante aos praticantes de Judô - Prof. Rocha - Jornalista

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