Brasilia - DF
Único brasileiro convocado pela Confederação Brasileira (CBJ) a participar da avaliação anual de árbitros da Federação Internacional (FIJ), o brasiliense André Mariano, 39 anos, passou com louvor na prova de fogo e tornou-se o terceiro árbitro FIJ A (maior nível de arbitragem) na história do Distrito Federal. O feito por si já é digno de orgulho. Mas André foi além e tornou-se o mais jovem do Brasil a conseguir a graduação (atualmente existem apenas 26 árbitros FIJ A no país).
Outros 17 árbitros, de 17 países, também participaram. E eu fui o mais bem qualificado, diz ele, cheio de ânimo. O exame prático, durante a Copa do Mundo de Miami (EUA), e o resultado que obtive são reflexos dos 20 anos que dediquei à arbitragem. Agora, poderei atuar em qualquer tipo de competição, inclusive em campeonatos mundiais e olimpíadas, que são restritas ao FIJ D, explica.
O DF tem tradição no judô tanto por seus atletas como os medalhistas olimpícos e mundiais Ketleyn Quadros, Erika Miranda e Luciano Corrêa quanto por seus árbitros. O primeiro árbitro brasileiro, sensei Gunji Matsuuchi, era da cidade. E o segundo, há 36 anos, foi Julio Adnet, também da capital. Fiquei oito anos como FIJ B e cheguei ao FIJ A graças à constante atuação em competições, comenta Mariano.
A trajetória do brasiliense no esporte começou quando ele ainda tinha 10 anos. Apaixonado por futebol, o garoto ficou dividido entre as duas modalidades durante um bom tempo. Somente aos 13 anos, sentiu que poderia vingar nos tatames. Me identificava muito com a disciplina do judô. E aos 14 anos, na faixa verde, comecei a ajudar como mesário nas competições. Quando recebi a faixa marrom, fui convidado pelo sensei Luiz Gonazaga Filho a fazer estágio de arbitragem. Aos 16, já me preparava para receber a faixa preta. Três anos depois, comecei a arbitrar, resume o judoca, que não abandonou o lado competitivo e luta na categoria master (acima de 30 anos).
Trajetória de um árbitro
Estadual
Exige-se que o árbitro seja faixa preta
Nacional
É dividido em três níveis: C (1º DAN), B (2º DAN) e A (3º DAN)
Aspirante a nível internacional
Deve ser 3º DAN
Internacional
É dividido em três níveis: FIJ C (pode arbitrar na América do Sul), FIJ B (pode arbitrar em competições continentais) e FIJ A (é o nível mais alto e está habilitado para arbitrar campeonatos mundiais e olimpíadas)
Supersportes - Divulgação JUDÔinforme
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