Guarapuava - PR
Desde 2008, o projeto Academia de Judô, idealizado pelo 16º Batalhão de Polícia Militar, contribui para que crianças da região de Guarapuava, no Centro do Paraná, pratiquem esporte semanalmente com assistência adequada, mantendo-se longe das drogas e outros vícios. O tenente Cristiano Cubas, professor de judô é um dos executores da ideia, que leva em média 45 crianças, a maioria com idade entre 10 e 15 anos, à sede do 16º Batalhão da Polícia Militar, nas segundas, quartas e sextas-feiras para a prática do esporte.“Os alunos permanecem aqui das 18 às 21h nas aulas. A adesão deles é enorme, todas gostam muito do projeto”, afirma o tenente. A Academia de Judô possui mais de 100 cranças cadastrados para frequentarem as aulas, sendo que um dos principais quesitos é estar matriculado na escola e manter-se com as notas acima da média. “As crianças demonstram interesse através de colegas e amigos que já participam aqui conosco. Nós apenas checamos a sua situação, se vai à aula regularmente ou não. Essa é a nossa imposição: o esporte tem que estar aliado ao estudo”, afirma o tenente.
A demanda pelo serviço tem sido muito grande, segundo o policial. “Há muitas crianças que querem entrar e nós tentamos atender a todas”, explica. Tanta procura pode ser justificada também pelos resultados alcançados, pois o projeto tem servido para a descoberta de talentos. Crianças da Academia de Judô têm participado de diversos circuitos regionais e estaduais desse esporte. “Temos ainda uma aluna que, inclusive, foi convocada para a seleção brasileira juvenil de judô” lembra o tenente. A menina, Jéssica Karina dos Santos tem 12 anos é já foi campeã paranaense e sul brasileira de judô.
A sede do Batalhão, onde são ministradas as aulas, fica em um bairro carente de Guarapuava, onde as crianças têm, através de iniciativas como essa, uma opção em relação ao mundo da rua e das drogas. A Academia de Judô serve também como mais uma medida de combate ao crime, afastando as crianças dele. “Elas têm muita energia, nada melhor do que gastar isso com esporte”, diz o tenente. “Algumas crianças, em função de seu poder aquisitivo, não tem condições de comprar o seu quimono, mas, se necessário, a gente consegue fazer uma doação”, completa.
Os policiais do 16º BPM também podem matricular suas crianças, como Letícia, de 9 anos, filha da soldado Lindamir do Rosário. “A minha filha adora as aulas de judô, onde ela tem aprendido muito. O projeto ajudou até com a sua timidez. Lembro que nas primeiras aulas, eu tive que ir para o tatame junto com ela. Depois de um tempo, com a ajuda dos professores, ela viu que o ambiente era bom e agora se sente totalmente em casa”, explica a soldado.
Para Cristiano, a escolha do judô se deu em função de se tratar de um esporte forte na região. “Além disso, nossa sede já possuía algumas instalações adequadas para esse tipo de prática, porque aplicávamos cursos de defesa pessoal para os militares”, diz. A prefeitura de Guarapuava também contribuiu na aquisição de tatames e quimonos, através da Secretaria de Esportes do município.
Divulgação JUDÔinforme
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