Rio de Janeiro
Por Gisele Lemos, nutricionista CBJ
O dia da competição é cheio de expectativa para os atletas. Diante de um calendário competitivo intenso, a equipe de nutrição visa eliminar a preocupação do atleta quanto a alimentação desse dia, se responsabilizando em avaliar e adaptar a refeição servida nos dias do evento, que pode variar conforme a organização, país ou região.
Muitas vezes o intervalo entre as competições é curto e composto por treinamentos diários e intensos, tornando-se as atividades de assistência nutricional de suma importância aos atletas. Nesse período, quando os atletas se encontram concentrados, o acompanhamento nutricional é seguido por:
Contato antecipado com o local de hospedagem para participação na elaboração dos cardápios oferecidos aos atletas. Essa ação facilita o seguimento da dieta prescrita, pois com um menu equilibrado os judocas poderão receber todos os nutrientes necessários.
Reavaliação dietoterápica individual para ajustar as necessidades nutricionais dos atletas, considerando o desgaste da viagem, o peso atual, a intensidade dos treinos, o uso de medicamento caso ocorra e os estoques energéticos para a futura competição. Além do auxilio a recuperação através da alimentação minimizando o risco de lesões.
Verificação da disponibilidade de água nos locais de treinamento e nos dias de competição, além do incentivo ao consumo.
Pesagem diária dos atletas na semana antecedente a competição. O peso diário do atleta é um dado clinico para a nutricionista auxiliar o judoca em sua redução de peso, caso necessário. A perda gradativa de peso com uma dieta equilibrada não traz prejuízos a performance dos judocas.
Participação de todas as refeições junto aos atletas, principalmente no dia da competição, auxiliando-os nas escolhas alimentares. Preservar as reservas energéticas musculares e hepáticas sem o aumento do peso corporal é um dos grandes objetivos da nutrição para auxiliar a boa performance.
No dia da competição: Permanece grande para do tempo na área de aquecimento vivenciando a real necessidade de cada competidor, e se ocupa em calcular as quantidades ideais de fontes de carboidratos, adaptando-as aos intervalos das lutas que muitas vezes é bem extenso. É importante frisar que doses excessivas de fontes de açucares levam a uma posterior hipoglicemia, além de distúrbios gastrointestinais como vômitos e diarréia, o que acarreta diretamente o rendimento do atleta na competição.
Sintomas como fraqueza nas pernas, tonteiras, ânsia de vomito, vista turva e fadiga precoce podem ser associadas a falta de substrato energético durante a luta. Porém são sintomas que podem ser evitados quando se oferece energia em quantidades certas e no momento necessário para uma boa digestão e absorção.
Para melhor aproveitamento energético, deve-se levar também em consideração a suplementação transportada por cada atleta, que varia entre os géis de carboidrato, a maltodextrina, os isotônicos, entre outros com composições nutricionais variadas, visando o maior aproveitamento da energia consumida e uma boa digestão.
Considerando a realidade de um dia de competição de judô, que se inicia já na pesagem oficial, seguida do aquecimento e dos intervalos entre as lutas, a monitoração de suplementos neste dia passou a ser uma ação constante da nutricionista, uma vez que o atleta necessita de energia disponível para o momento exato da luta. Para tal ação consideram-se também a resposta imediata do atleta ao esforço despedido na luta.
Portanto, o acompanhamento nutricional e uma boa alimentação são fatores importantíssimos para o alcance de bons resultados.
Divulgação JUDÔinforme
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