Bauru - SP
O judoca bauruense Mário Sabino é “pé-quente” também como auxiliar técnico da Seleção Brasileira de Judô. O lutador encerrou sua carreira na seleção há três anos e se prepara para assumir a condição de técnico da Seleção Brasileira de Judô Militar masculina para os Jogos Mundiais Militares de 2011, programados para o Rio de Janeiro. Para o evento militar, haverá uma fusão dos selecionados das várias modalidades esportivas com as Forças Armadas.
Sabino é auxiliar-técnico de Luiz Shinohara, técnico da Seleção do Brasil masculina da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Neste mês, os judocas brasileiros venceram o Desafio Internacional de Judô, disputado por equipes em Vitória, Espírito Santo, e no final de semana seguinte em Betim, em Minas Gerais. O Desafio teve França, Portugal, Inglaterra, além do Brasil. Na primeira etapa, os franceses foram batidos por 4 a 2. Em Betim, os judocas brasileiros enfrentaram os ingleses, impondo um 6 a 0.
O bauruense está muito bem adaptado à função na CBJ em que trabalha com Shinohara, um velho amigo, no planejamento, nos treinos técnicos e viagens da equipe brasileira. A primeira experiência na condição de auxiliar-técnico foi em dezembro de 2009, no Grand Slam de Judô, em Tóquio. O resultado foi expressivo com o Brasil ficando na terceira colocação geral. Sabino conhece bem os lutadores. Do lado de fora do tatame, Sabino diz que fica mais tenso do que se estivesse lutando. Pela vivência na equipe brasileira, ele é uma liderança no grupo. “Além de estar aprendendo com o Shinohara, tenho conseguido passar minha experiência aos atletas, principalmente, aos mais novos que estão chegando”, define.
Sabino fala com orgulho que está seguindo os passos de outras personalidades bauruenses que se sobressaíram como técnicos das seleções brasileiras em outras modalidades. Ele cita Mauro Hideki Fujiyama, que foi técnico da Seleção Brasileira de taekwondo por quatro anos, e Antonio Carlos Barbosa, que por anos comandou seleções femininas de base e adulta de basquete e se despediu como técnico da Seleção Brasileira no Panamericano de 2007. Sabino comenta ainda do técnico Guerrinha, que foi auxiliar-técnico da Seleção Brasileira de Basquete masculina.
Um pouco de Mario Sabino:
Nome completo: Mário Sabino Júnior
Data de nascimento: 23/09/1972
Local de nascimento: Bauru (SP)
Altura: 1,89 m
Peso: 100 kg
Residência: Bauru (SP)
Clube: A.D. São Caetano
Categoria: meio-pesado
Participações em Olimpíadas: Sydney-2000 e Atenas-04
Campanha em Atenas: eliminado na primeira luta
Principais conquistas: bronze no Mundial (2003)
A categoria meio-pesado já rendeu quatro das 12 medalhas do judô: ouro e bronze com Aurélio Miguel, prata com Douglas Vieira e bronze com Chiaki Ishii
Mário Sabino chegou a Atenas credenciado por duas grandes conquistas em 2003: o bronze no Mundial de Osaka e o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, quando derrotou o canadense Nicholas Gill, bicampeão olímpico. Na ocasião, Canadá e Brasil estavam empatados no número de medalhas de ouro em Pans, e a vitória de Sabino fez o país passar a frente na classificação geral.
Mas a esperança de pódio acabou logo na primeira luta. Assim como em Sydney-2000, seu algoz foi o israelense Ariel Zeevi. No entanto, o paulista praticamente perdeu para si mesmo. O também praticante de jiu-jitsu foi penalizado quatro vezes por falta de combatividade e foi eliminado das Olimpíadas por hansoku make -a punição máxima do judô.
E perdeu totalmente as chances de pódio quando seu rival de estréia foi derrotado na luta seguinte, nas quartas-de-final, para o coreano Sung Ho Jang. Se Zeevi avançasse às semifinais, o brasileiro ganharia uma vaga na repescagem.
Sabino é policial militar desde 1999 -e considera esta a sua profissão. Também já realizou trabalhos como modelo. Começou no judô aos 5 anos, por recomendação médica: "Eu era muito franzino", afirmou.
Divulgação JUDÔinforme
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